AconteceDestaqueMatéria

Portão roubado em terreno da Eletropaulo ainda não foi substituido

Em novembro do ano passado, o Jornal Ipiranga News publicou o roubo do portão de ferro de um terreno abandonado que pertence à Eletropaulo, localizado na rua Lino Coutinho, ao lado do número 1.806. Quatro meses depois nenhum novo portão foi colocado no local e a área acabou sendo invadida.

O fato tem atormentado moradores da região, que afirmam que o terreno se tornou um ambiente vulnerável onde pessoas se escondem para usar drogas e não serem encontradas pela Polícia. O alto matagal que cresceu no local também tem deixado a vizinhança preocupada por conta do acúmulo de insetos, escorpiões e cobras.

Além disso, denúncia feita por Alessandra de Oliveira, que reside ao lado do terreno, nos últimos dias, um morador de rua com uma carroça limpou o lugar colocou um “novo portão” com cadeado, o que segundo ela, é sinal de invasão.

“Na semana passada, parou um carroceiro aqui, limpou o terreno e colocou um portão. Com certeza não é nenhum protocolo da Enel ou Prefeitura. É uma invasão”, contou Oliveira. “O mato está crescendo e o terreno tem bichos que podem prejudicar a saúde das pessoas. Umas aranhas enormes têm subido pela parede da minha casa, que passou a ser invadida por mosquitos. Na semana passada, parou um carroceiro aqui, limpou um pedacinho do terreno e colocou um portão. Com certeza não é nenhum protocolo da Enel ou Prefeitura. Parece mais uma invasão”, completou.

Preocupada com a situação do terreno e segurança da região, a moradora tentou contato com a Enel, atual responsável pelo terreno, Prefeitura e até Polícia Militar, mas não suas solicitações para a limpeza e solução para o local abandonado não foram atendidas.

“Já informei a Enel várias vezes, os atendentes chegaram a tirar sarro e desligar o telefone. Fiz várias reclamações e nada. Então abri uma solicitação na Prefeitura, pois todas as vezes em que houve a limpeza do terreno foi através de notificação, mas também não obteve resultado desta vez”, explicou Andressa.

Depois que o morador de rua “tomou posse” do local, ela entrou em contato novamente com a empresa de energia, mas, novamente, sem retorno. Assim, Andressa contatou a Polícia Militar, a qual alegou que não pode fazer nada pelo fato de o terreno pertencer à propriedade privada, necessitando assim, da presença de algum responsável para qualquer tipo de atitude tomada pela corporação.

“Eu liguei na Enel, mandaram ligar na Polícia Militar, que me informou que não pode solucionar o problema, pois trata-se de uma propriedade privada”, disse a moradora.

Como última tentativa para solução do problema, a moradora vizinha do terreno dirigiu-se, nesta semana, à Subprefeitura do Ipiranga e está aguardando retorno. “Fui informada de que o fiscal que é responsável pela região estará presente no local. Estarei lá”, diz Andressa de Oliveira.

A reportagem do Jornal Ipiranga News entrou em contato com a Enel e foi informada de que, a empresa – quando solicitada – encaminha equipes para realizar a limpeza do terreno e cortar o mato acumulado. Questionada sobre o futuro do local e se ele ainda será utilizado, a Entidade Nacional de Eletricidade informou que “não tem como saber”.

A informação de que a Enel deixar o terreno limpo quando solicitada, foi questionada por Oliveira. Segundo ela, mesmo com as solicitações, reclamações, a limpeza no local quase não acontece. A última foi realizada há mais de um ano.

“A população é esquecida. Pagamos nossos impostos, caminhamos “direitinho”, mas somos esquecidos. O terreno se tornou um local sujo, perigoso, um verdadeiro fumódromo de drogados. Temos medo até de sair de casa, ir em uma missa, por medo. Eu fico presa dentro de casa e não há nenhuma solução para o terreno”, desabafou, preocupada, Andressa de Oliveira.

Artigos relacionados

4 Comentários

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Verifique também
Fechar
Botão Voltar ao topo