Em meio à pandemia do coronavírus, o Instituto Baccarelli tem enfrentado dificuldade para buscar patrocinadores e equilibrar as suas contas. A entidade possui 1.300 alunos e uma premiada orquestra sinfônica e um coral formados por crianças e jovens moradores da favela de Heliópolis.
“Muitas empresas e pessoas físicas que nos patrocinam passaram a destinar recursos diretamente para ações ligadas à pandemia. Com isso, temos tido dificuldade de ter recurso até para cobrir nosso custo operacional”, afirmou em entrevista ao jornal Valor Econômico o maestro Edilson Ventureli, diretor-executivo do Instituto Baccarelli. Entre 60% e 70% do orçamento da entidade vem de repasses das empresas via leis de incentivo à cultura, e o restante de patrocínios diretos do setor privado ou de pessoas físicas.
Mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia do coronavírus, o instituto lançou uma campanha de arrecadação e conseguiu 130 toneladas de alimentos e R$ 240 mil, entregues às famílias mais pobres de Heliópolis.
De acordo com o Valor Econômico, os 80 professores e 38 colaboradores do Instituto Baccarelli tiveram redução de salário e jornada de trabalho. Com um orçamento previsto de R$ 12 milhões este ano, a entidade captou até agora apenas R$ 2,8 milhões. “As empresas não têm ambiente nem para nos chamar para conversar sobre patrocínio. Parou tudo”, disse Ventureli.
O maestro sugere como saída emergencial uma linha de crédito subsidiado. “Nenhum banco estadual ou federal dispõe de linha específica para ONGs. Em tempos normais, exercemos atividades que seriam função do Estado, e mesmo sem ter fins lucrativos, não temos crédito”, afirma.
O site do instituto foi temporariamente transformado em uma plataforma de doações durante a crise gerada pela covid-19. Já a sede do Baccarelli, na Estrada das Lágrimas, virou um centro de recebimento e distribuição de doações. É possível deixa os itens sem descer do carro.
Pretty! This has been an extremely wonderful article. Thank you for providing this info.