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Criminalidade desenfreada preocupa moradores do Ipiranga

Não é de hoje que os moradores do Ipiranga estão assustados e com medo por conta da criminalidade desenfreada que tem acontecido no bairro. Desde furtos, assalto a mão armada e roubo de carros, os munícipes não sabem mais o que fazer para se sentirem seguros. E gangues – conhecidas como ‘gangue da garagem’, sem nenhum pudor, estão atacando em massa na tentativa de invasão à condomínios.
Desde o começo do ano, as ações dos bandidos têm sido cada vez mais constantes no bairro, que para muitos moradores parece estar “sem segurança nenhuma”.
A mais nova, aconteceu na noite da última terça-feira (30), quando um grupo de aproximadamente oito pessoas tentaram invadir um prédio na Rua Lino Coutinho, por volta das 21h. Bicicletas e objetos deixados nos veículos dos condôminos, geralmente, são os principais alvos. Vídeos de câmeras de segurança implantadas em um prédio da rua Cipriano Barata também flagraram – na mesma semana – a ação dos bandidos, que ao perceberem o insucesso da invasão, saem caminhando tranquilamente.
“O Ipiranga realmente está perigoso. A gente não se sente seguro. Quando eu vejo que vem uma pessoa estranha, procuro manter distância. A facilidade com que estão cometendo crimes no bairro é muito grande”, contou o arquiteto Arlindo Amaro, nascido no bairro.
Arlindo apontou que um dos motivos para a violência desenfreada é a falta de segurança. “Falta policial, falta segurança, a delegacia tem pouca gente”, disse. Por conta dos últimos acontecimentos, o munícipe teve que reforçar ainda mais a segurança do portão de sua casa. “Estou trancando o meu portão com cadeado reforçado, pois estão puxando e quebrando o portão, então tem que tomar cuidado”, explicou. “O Ipiranga está perigoso, sim senhor, e as pessoas tem que aprender a fazer B.O”, completou.
A reportagem do Jornal Ipiranga News cobrou explicações da Secretaria de Segurança Pública em relação à criminalidade excessiva que tem ocorrido no município, questionando as atitudes que serão tomadas para contê-la o quanto antes.
Em nota a SSP informou que “em abril de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022, houve diminuição de 0,8% nos furtos em geral e de 1% nos roubos em geral na área do 17º DP e 36º DP, responsáveis pelos locais citados”.
Em relação aos casos de tentativa de invasão à condomínios, a Secretaria disse que até o momento, Civil não localizou o registro dos fatos com os dados fornecidos. No entanto, os agentes trabalham para identificar os criminosos envolvidos nesta modalidade criminosa.
Ainda segundo a nota, “São Paulo conta com a 4ª Delegacia de Roubos e Furtos a Residências e Condomínios, do Deic, especializada em roubos e furtos de condomínios residenciais, incluindo os furtos a bicicletas no interior desses locais. Somente neste ano, 50 criminosos já foram indiciados e 27 presos. Em 2022, foram 117. A Polícia Civil realiza ações em locais de comércio de peças de bicicletas para monitorar possíveis receptadores e o comércio ilícito desses produtos. Diligências também são realizadas em busca de imagens de câmeras de ciclovias e corredores de ciclistas, além do cruzamento de dados das ferramentas de inteligência policial”.

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