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Carrinhos de rolimã levam famílias de volta ao passado

Um projeto de resgate da infância. Foi com essa ideia que a empresa Mulek de Rua promoveu no domingo (29) o 7º Encontro de Carrinho de Rolimã, no Parque Independência.
O evento foi realizado em parceria com a Prefeitura de São Paulo e atraiu centenas de pessoas que aproveitaram o momento saudosista para voltar a infância. “É uma maneira simples e muito educativa para matar a saudade de uma infância sadia e sem muita tecnologia que os maiores de 40 anos puderam desfrutar. Aquelas brincadeiras que só pareciam legais quando aconteciam na rua, junto de todos os amigos. Hoje não vemos mais isso”, disse Jhonatan Mattos.
A Ladeira dos Coqueiros conhecida pelos famosos skates cedeu espaço para os carrinhos de madeira. E quem pensa que os skatistas acharam ruim, está muito enganado. Eles entraram na brincadeira. “Estamos em casa. O carrinho de rolimã continua com as rodinhas. Só trocamos a posição, ao invés de descer a ladeira em pé, hoje vamos sentados”, brincou o skatista Marcelo Salles.
Para as crianças, era uma oportunidade de conhecer um pouco mais sobre uma das brincadeiras da infância de seus pais. Já para esses, era uma chance de voltar o relógio para épocas em que brincar na rua era simples e fácil. A modalidade foi febre em 1960 e perdurou até mais ou menos 1988 ficando esquecido por uns 30 anos. “No auge dos aparelhos eletrônicos e redes sociais, o velho carrinho de rolimã está voltando a fazer parte da diversão de crianças e adultos”, enfatiza Vinicius Mello.
A paixão pelo rústico brinquedo de madeira e rodinhas de rolamentos de aço, está, literalmente, desenfreada. É nítido o crescimento do número de encontros e competições da modalidade. “Há grupos que reúnem pais, filhos, tios e avós e fazem desde a construção dos carrinhos até a competição. Com isso, deixando por horas e horas afastados da internet, aparelhos celulares, tabletes e vídeos games”, conta Cláudio Silva. “Viramos crianças novamente”, completa.

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