Nossa Opinião

Um ano de avanço e retrocessos

O ano de 2022 termina com muitos avanços a serem comemorados, mas outros retrocessos que precisarão ser enfrentados em 2023. Foi um ano, por exemplo, em que a democracia brasileira saiu fortalecida com a realização de mais uma eleição na qual o resultado das urnas foi respeitado. Apesar dos diversos ataques que o processo eleitoral sofreu das mais diversas partes, nenhum indício de qualquer tipo de irregularidade foi comprovado.
A vontade popular foi soberana nas eleições para deputado estadual e federal, senador, governador e presidente. Os vencedores tomarão posse em 2023 e aos derrotados restará disputar as próximas eleições e conquistar mais votos.
2022 também foi o ano em que o Brasil, felizmente, conseguiu controlar a pandemia do novo coronavírus. A vacinação avançou e o número de mortes pela doença foi reduzido consideravelmente. O Ministério da Saúde pode, inclusive, decretar o fim da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia e a vida da população voltou ao normal.
O Brasil sempre foi um país com um dos melhores programas de vacinação do mundo, um exemplo para muitas nações. Porém, nos últimos anos, a taxa vacinal tem caído por causa da divulgação de notícias falsas sobre os imunizantes. Nunca é demais lembrar que o anúncio do fim da emergência de saúde só foi possível por causa da melhora do cenário epidemiológico, da ampla cobertura vacinal e da capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS).
Principalmente em relação ao público infantil. Quando os imunizantes forem recomendados pelas autoridades sanitárias do país, os responsáveis por crianças e adolescentes não podem sobrepor suas ideologias a respeito das vacinas ao bem-estar e ao direito garantido pela Constituição de os pequenos ficarem protegidos.
Outro ponto a festejar neste ano que termina é que as instituições de fiscalização e a imprensa profissional continuam firmes, como um dos pilares da sociedade brasileira e do combate à corrupção. A partir de denúncias publicadas primeiramente na imprensa, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro chegou a ser preso acusado de favorecer com recursos prefeituras de municípios ligados a pastores amigos do presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi mais um duro golpe para aqueles que se achavam acima do bem e do mal, no direito de fazer mau uso do dinheiro público.
Foi, no entanto, um ano triste com o início da Guerra na Ucrânia. O mundo ficou perplexo com os ataques russos e até mesmo a ajuda humanitária foi fracassada devido ao aumento dos combates. A instalação dos corredores humanitários também seguiu sem sucesso. Cidades inteiras foram completamente tomadas pelas forças russas, com os moradores sitiados.
Milhares de pessoas continuam perdendo as suas vidas por causa da estupidez humana e da ganância. Isso é inadmissível e a esperança é que, em 2023, as autoridades tomem consciência e coloquem um ponto final nesta atrocidade.

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