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Novo Museu terá mirante, loja, escada rolante e nova área de exposições

Símbolo maior do bairro, o Museu do Ipiranga foi fechado ao público em 2013, quando estava ameaçado inclusive de desabar, e só vai reabrir para visitação em 2022, como parte das comemorações do bicentenário da Independência do Brasil. O projeto de restauro do prédio prevê a modernização e realização de obras internas. Assim, os acervos da instituição foram transferidos para novos locais espalhados pelo bairro. A biblioteca, por exemplo, está funcionando em um casarão na rua Bom Pastor, em frente ao Sesi Ipiranga. Já a administração foi deslocada para a rua Brigadeiro Jordão.

Quando foi fechado, o edifício histórico apresentava problemas estruturais, causados principalmente pela falta de manutenção. Foi preciso fechar às pressas as portas ao público porque o estado de conservação do Museu era preocupante.

Após muitas idas e vindas, as obras de restauro tiveram início apenas em outubro de 2019, com financiamento privado. Mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, os trabalhos não foram interrompidos e 25% do restauro foi concluído até o momento. A reforma da famosa tela “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, por exemplo, já foi concluída.

O canteiro e as frentes de trabalho foram reorganizados e a inauguração do Novo Museu do Ipiranga continua prevista ocorrer em setembro de 2022. No atual estágio das obras, o telhado está passando por reparos para instalação de uma nova área de exposições. As obras consistem na retirada de todo o seu material original. Após serem restauradas, essas mesmas estruturas serão reinstaladas. Em cima do novo telhado será construído um mirante aberto ao público.

Com as obras de expansão, o Museu ganhará 6.800 m2 de área e receberá exposições temporárias, inclusive internacionais. O Novo Museu do Ipiranga terá ainda salas para atendimento do programa educativo, café, auditório e uma loja. A ideia é ampliar de forma significativa a visitação pública, podendo receber mais de 500 mil visitantes por ano. O projeto também inclui a construção de um subsolo com entrada pelos jardins do Parque da Independência, duas escadas rolantes e um elevador.

Prevê-se ainda novos mobiliários, iluminação, projetos multimídia e a restauração de acervos. Particularidades do edifício-monumento não serão alteradas na reforma, como os pés direitos de 6 metros, os grandes arcos, abóbadas com tijolos de barro das mais diversas olarias que existiam na região e as técnicas coloniais como pedra argamassada, paredes de tabique e estruturas de madeira.

Também será dada especial atenção à acessibilidade plena, como forma de inclusão social de pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade. Além de facilitadores para a locomoção no espaço físico, após a reabertura o Museu contará com recursos para acessibilidade de conteúdo.

Dinheiro

A obra do Novo Museu do Ipiranga é patrocinada via Lei de Incentivo à Cultura e deve custar cerca de R$ 139,5 milhões, custeada pelas empresas: Banco Safra, Bradesco, Caterpillar, Comgás, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), EDP, EMS, Honda, Itaú, Vale, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e Pinheiro Neto Advogados, além da parceria da Fundação Banco do Brasil e da Caixa.

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