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Governo Bolsonaro é vaiado na festa de reabertura do Museu do Ipiranga

Uma fala emocionada de Rosária Ono, diretora do Museu do Ipiranga, “sou a única a estar nesse palco, mas represento outras que estiveram antes e ao meu lado durante essa jornada”. Um discurso conciliador, mas com viés político do ex-governador João Dória, uma crítica contundente ao governo federal do Secretario de Cultura de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, com resposta do ministro do Turismo Carlos Alberto Gomes de Brito, que representou o presidente Jair Bolsonaro e uma sonora vaia dos presentes ao governo Bolsonaro, marcaram, na noite de terça-feira (6), a festa de reabertura do Museu do Ipiranga.
O evento teve a presença de mais de 600 convidados entre patrocinadores, empresários, políticos e professores. “Ué. Estamos vivendo um novo momento no País. Nunca vi empresário vaiando o governo”, comentou uma senhora vestindo um fino casaco de lã, que preferiu não se identificar diante da presença do repórter.
O ex-governador João Dória, responsável pela captação de quase R$ 200 milhões junto a iniciativa privado, com incentivo à Cultura via lei Rouanet, fundamentais para a reconstrução do Museu, participou do evento e, num discurso conciliador, afirmou “nosso sentimento é pela paz, harmonia, chega de briga e confusão”. O ex-governador deu o tom político ao discurso ao afirmar que a reinauguração do museu do Ipiranga “é a vacina contra o obscurantismo, o ódio e o separatismo que assolam o nosso país. O Brasil pede paz, única causa”. Lembrando seu legado na passagem pelo Governo do Estado, Dória afirmou “em mim, há certeza de que a passagem pela vida pública tenha permitido tantos legados. Essa obra eterniza esse esforço coletivo”.
No evento estiveram presentes o príncipe Dom João de Orleans e Bragança, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes, o ipiranguista e Conselheiro do Tribunal de Contas do Município, Domingos Disse, o reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Carlotti Júnior, o secretário de Cultura de São Paulo, Marcos Penido e o secretário de Cultura do estado de São Paulo Sérgio Sá Leitão. E foi de Sá Leitão o discurso direto contra o governo Bolsonaro, ao afirmar. “É um absurdo o governo federal tentar capitalizar a entrega do Museu do Ipiranga, sendo que o governo não fez nada para que isso acontecesse. Foi negligente em relação ao Bicentenário da Independência. “Nós aqui estamos entregando o único legado do bicentenário, que é o restauro e a ampliação do Museu do Ipiranga, e estamos entregando a única programação cultural consistente, aberta ao público, relativa a esse assunto”, disse.
O ministro Carlos Brito, demonstrando desconforto com a fala do secretário Sá Leitão contra o governo do presidente Bolsonaro,recebeu vaias ao falar da vacina contra a Covid-19. “Sérgio, você falou aqui sobre vacinas. Nós não estamos aqui para falar de política, mas já que você citou, nenhuma vacina chegou aos municípios do Brasil sem o investimento do governo federal”, afirmou. Acrescentando, “é muito bom também falar nesse momento festivo, de comemoração: enquanto o mundo fala em inflação, o Brasil fala em deflação. O maior programa de transferência de renda que o Brasil teve está sendo deste governo, que é o Auxílio Brasil”, afirmou, sendo interrompido pela segunda vez com uma sonora vaia. O Conselheiro do TCM, Domingos Dissei, presente ao evento, afirmou que “participar da reinauguração do Museu do Ipiranga, foi emocionante. “O fechamento do Museu, necessário pois corria o risco de desabar, foi muito triste para todos nós, brasileiros e, principalmente, ipiranguistas. Estou feliz em participar desse importante momento. É o Museu de volta à população. Minha próxima visita será com meus netos. Quero mostrar a eles a importância de nosso museu e de nossa história”.

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13 Comentários

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