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Temporal causa desastres no Ipiranga

Temporal causa desastres no Ipiranga
Queda de árvores, postes quase caindo, fios de energia cortados e folhagens espalhadas pelas ruas foram alguns dos impactos da forte chuva

A queda de Árvores em diversas vias do bairro. Poste de luz tombado com fios de energia arrebentados e fogo nas fiações. Folhagens e sujeira durante a maioria das ruas. Placas de publicidade ou fachadas de loja espalhadas. Estes foram os estragos do forte temporal com fortes rajadas de vento que transformou a vida de quem trafegava ou reside no Ipiranga em um verdadeiro caos na tarde desta sexta-feira (3).
Nem mesmo o resistente telhado do posto de gasolina da Ipiranga, que fica na Gentil de Moura, esquina com a Av. Nazaré resistiu ao temporal e acabou desmoronando. Felizmente ninguém foi ferido e nenhum veículo danificado, apesar de o local estar em funcionamento, quando, por volta das 16h, o incidente ocorreu.
De acordo com um trabalhador do posto, na hora da chuvarada, os funcionários se esconderam na loja de conveniências do local e nenhum veículo abastecia. Foi o que salvou as suas vidas e impediu que ocorresse uma tragédia ainda maior. A concessionária já foi acionada e aguarda uma resposta do seguro. Os trabalhadores continuarão exercendo suas funções, na medida do possível e o local será interditado, até que as reformas aconteçam.
Na Nazaré, alguns trechos tiveram que ser interditados por conta da queda de diversas árvores. Entre eles, próximo à rua Arcipreste e no recuo que beira o Museu do Ipiranga. Até uma espécie arbórea localizada dentro do terreno do SESC, que fica na Silva Bueno, “veio ao chão”.
Na Avenida Ricardo Jafet, sentido Ipiranga, uma parte de um galpão que estava em reforma despencou em cima de um carro, o qual estava estacionado.
Por conta dos ocorridos, várias regiões do bairro e entorno ficaram sem luz e muitos moradores ou pessoas que trabalham na região ficaram assustados.
Como é o caso de Claudir da Silva Munhoz Carneiro, de 59 anos, moradora da Rua Arcipreste, já mencionada na reportagem. Uma das árvores atingidas pelo temporal, ficou – literalmente – despencada bem em frente à sua residência. Ela não estava em casa no momento.

Temporal causa desastres no Ipiranga
Claudir da Silva Munhos Carneiro (foto) mora na Acipreste e uma árvore ficou pendurada em frente à sua residência. Segundo ela, diversas reclamações sobre a espécie foram feitas na Prefeitura, mas nada foi feito

O fato, segundo ela, foi uma tragédia anunciada, já que, há seis anos, a própria solicita à Prefeitura a remoção da espécie, mas nada foi feito até hoje.
“Eu não estava aqui na hora, mas eu estou lutando com a Prefeitura há seis anos para tirar essa árvore [que ficou pendurada] ou podar. Eles falam que não fazem. Demora três meses. Eles me dão 120 dias. Aí eu falei: “e se cair”? [Responderam] “aí você chama a Defesa Civil”. E agora, o que acontece? Prejuízo, graças a Deus eu não tenho, mas e os vizinhos? Porque? Porque a Prefeitura, a Subprefeitura também, não agem aqui no bairro. Só arrecadam. E a gente está nessa situação e não temos o que fazer”, afirmou da Silva. Por sorte que a árvore em questão não caiu em cima de sua residência.
“Eu não vi a hora que árvore caiu, mas a gente viu a hora que os fios pegaram fogo e a placa ali do prédio em frente onde eu trabalho estava voando”, contou Rosana Gasparino, 54 anos, que trabalha no Ipiranga e estava no bairro na hora das catástrofes. Segundo ela, o pequeno Pedro, de 5 anos, de quem Gasparino cuida, se assustou e chorou muito na hora do ocorrido.
“A gente ficou todo mundo com muito medo. A mãe dele [Pedro], mesmo, falou que se estivesse sozinha ia para a casa do vizinho. Ele chorando muito. Foi bem tenso”, completou Rosana.
Vagner Nogueira é pai de Pedro. Ele estava trabalhando, no Brooklin, quando sua esposa mandou as fotos da tragédia. “Foi bem tenso na hora, porque a gente, no bairro lá, não teve uma intensidade tão grande, acho que foi mais direcionado aqui, e a gente fica com medo de estar alguém na rua, ou algum familiar próximo e sofrer algum acidente nesse tipo de situação”, apontou ele.
“Na verdade aqui [no Ipiranga] é um bairro bastante arborizado, então é necessário até algum tipo de visão da Prefeitura em relação à poda e também olhar se as árvores estão com a saúde em dia, para que isso não volte a acontecer” frisou ainda Nogueira.
Até mesmo o pequenino Pedro quis conversar com a reportagem do Jornal Ipiranga News para contar que, no momento dos desastres, “se assustou, mas depois “se acalmou”. “Depois eu desci para ver o estrago”, disse, ainda, o menino.
A reportagem entrou em contato com a Subprefeitura do Ipiranga e foi informada de que, mais de 90 chamados foram realizados através do 156 e as equipes da Defesa Civil e Áreas Verdes já estão trabalhando para solucionar os problemas, de acordo com suas gravidades. Amanhã os serviços devem continuar.
Em caso de desabamentos de árvores grandes externas os Bombeiros devem ser acionados, árvores tombadas na rua, 156, Acidentes, o 192 e queda de energia, a Enel. A reportagem também tentou contato com os Bombeiros, mas não conseguiu, pois a linha deve estar sobrecarregada.

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