Ipiranguistas cobram a construção do Poupatempo

A euforia inicial transformou-se em decepção e os moradores da região estão temerosos de que o Poupatempo Ipiranga jamais saia do papel. Um ano se passou, desde que o comerciante Sérgio Yamada e o vereador Camilo Cristófaro (PSB) se encontram com Márcio França (PSB), em frente a um galpão abandonado na avenida Tancredo Neves, próximo à rua do Boqueirão, para pleitear a criação, no local, de um posto do órgão.
França era candidato ao governo do Estado e se comprometeu a, se vencesse a eleição, realizar o sonho dos ipiranguistas. No entanto, agora com o governador João Dória (PSDB) Yamada acredita que isso dificilmente irá ocorrer. “Tínhamos um plano de trazer para o Poupatempo um posto do Detran e também outros serviços, mas pelo menos por enquanto, não teremos aqui o tão esperado Poupatempo”, avalia.
A batalha para a implantação do órgão no galpão da Tancredo Neves começou exatamente com Yamada há sete anos. O pedido de abertura de um posto foi protocolado por ele na Secretaria Estadual de Gestão Pública, em 19 de abril de 2012. No mesmo ano, o ex-governador Geraldo Alckmin visitou o Ipiranga e foi abordado por Yamada e outras lideranças do bairro. “Entregamos a ele um abaixo-assinado com mais de cinco mil adesões e o Alckmin ficou de estudar a questão”, lembra o comerciante, que já ocupou cargos como superintendente da Distrital Ipiranga da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Ipiranga.
A criação do Poupatempo Ipiranga voltou à estaca zero e, enquanto isso, o galpão abandonado, cujo terreno pertence ao Ipesp (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo), tem servido como abrigo para moradores de rua.