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“São maravilhosas. Da família”, diz Lourdes Montano, que plantou três “Primaveras” na rua Leais Paulistanos

Há aproximadamente 25 anos, Maria de Lourdes Pesqueira Montano, paranaense de nascimento, mas ipiranguista de coração, pois mora há 40 anos no Ipiranga, plantou – aproveitando sua paixão e respeito pela natureza – plantou na rua Leais Paulistanos, esquina com a Silva Bueno, três árvores popularmente conhecidas como “Primaveras”, pois nessa estação do ano, dão lindas e coloridas flores. Lourdes é proprietária da “Madeireira Montano”.
No acordo firmado entre Lourdes e a prefeitura, na época, ficou combinado que Montano cuidasse das árvores durante um ano. Assim ela fez. O tempo passou e atualmente as primaveras estão, literalmente gigantes, e o carinho e respeito de Lourdes, aos seus 73 anos, por elas continua o mesmo. E os cuidados também.
“Eu cuido delas [árvores] até hoje. São maravilhosas. Da família mesmo. Toda vez que passo por elas, faço carinho, abraço e até beijo. Amo saber que fui eu que plantei e elas ainda estão aqui, firmes e fortes, deixando ainda mais lindo o bairro do Ipiranga, contou Maria de Lourdes emocionada. Ela disse ainda, que fica brava quando vê alguém desrespeitando as árvores, arrancando
galhos ou até depositando lixo próximo a elas. “Você quer me ver brava? Eu fico quando fazem alguma arte com a árvore. Não gosto nem que arranquem galhos dela, jogar lixo na beiradas delas então, nem pensar, disse.
Lourdes relata que cuidar das árvores até que não deu trabalho. “O trabalho foi conscientizar as pessoas a respeitar as árvores. Moro no prédio em frente onde as árvores foram plantadas e, inúmeras vezes, precisei ficar na janela e gritar com alguém que passava chutando as mudas ainda “bebê” ou mesmo querendo arrancar seus galhos”, diz Lourdes, acrescentando que todo o esforço valeu a pena. “Hoje elas estão lindas, dão sombra para quem está cansado e oxigênio para melhorar o nosso ar tão poluído”. Defensora da natureza, Lourdes diz que sofre muito quando assiste pela televisão as queimadas que fazem na Amazônia. ” Aquilo é um crime que deveria ser punido com rigor. Onde já se viu queimar uma floresta que leva centenas de anos para se formar”. Na sua loja de ferragens e madeira ela diz que já recusou trabalhar com muitos fornecedores que não tinham certificado de procedência da madeira vendida. “Tenho sete netos, alguns ainda crianças e outros já adolescentes. Sempre me pergunto se a escalada de destruição ao meio ambiente não parar, em que mundo eles vão viver amanhã”, questiona.
Aos jovens ela deixa um recado. ” O Ipiranga tem um viveiro da prefeitura. Lá eles orientam qual a melhor árvore a ser plantada e cujas raízes não danificam a calçada. Plante uma árvore hoje que amanhã que seus filhos, netos e a cidade vão lhe agradecer”, diz

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9 Comentários

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