Destaque

População morando nas ruas já passa de 20 mil em São Paulo

A pandemia da covid-19 já causou mais de 515 mil mortes, falência de empresas, desemprego, fome e levou milhares de pessoas a transformarem as ruas e os baixos dos viadutos em moradia. Essa triste cena ocorre nas principais cidades do País e, em São Paulo, maior cidade da federação, esse quadro se repete em casa esquina, cada bairro, onde legiões de famílias transformaram as ruas em moradia. No Ipiranga o quadro não é diferente. Marquises e baixos de viaduto, ou qualquer lugar onde se possa erguer uma lona ou armar uma barraca, estão ocupados por famílias que perderam o emprego e com isso o teto onde moravam.
Uma dessas lamentável cenas pode ser vista nas esquinas da rua Agostinho Gomes, com Leias Paulistanos. Ali, onde antes existia um salão de beleza – fechado certamente em função da pandemia -, uma família, vítima da pandemia, transformou o pequeno espaço em moradia.
E a situação tende a se agravar com a chegada da frente fria. Segundo a prefeitura, a Operação Baixas Temperaturas, que aborda e acolhe pessoas em situação de rua em dias frios, foi intensificada com a chegada da frente fria essa semana. São cerca de 3,2 mil vagas disponível para acolhimento de crianças, adolescentes, adultos, idosos. Mas essas vagas são insuficiente. Isso porque se estima que hoje a população de rua em São Paulo passe de 20 mil pessoas, número superior a centenas de cidades no País.
Ao longo do dia, as abordagens são realizadas pelo Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS) em pontos estratégicos da cidade. No período da noite, a ação é realizada pela Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS). O objetivo é convencer esses moradores irem para os abrigos da municipalidade. Missão que muitas vezes não obtém sucesso.

Artigos relacionados

Um Comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo