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Pacientes reclamam de tempo de espera no Hospital Heliópolis

O Hospital Heliópolis (HH) enfrenta mais uma vez a acusação de estar provocando dores de cabeça em quem precisa de atendimento médico. Os usuários reclamam que, em razão de os elevadores estarem desde dezembro em manutenção e da greve dos funcionários terceirizados da recepção, o atendimento no estabelecimento tem sido precário. “Uma vizinha está internada aí e, quando precisa ser avaliada pela médica ou fazer algum exame, tem de subir e descer de escadas”, diz a costureira Selma de Freitas Resende. “A alimentação é levada da mesma forma, com ajuda dos seguranças”, ela acrescenta.
A situação parece trágica, mas segundo o assessor de diretoria, Odilon Denardin, não condiz com a realidade. “Este complexo tem cinco elevadores e, por contrato de modernização, dois estão sendo trocado pelo tempo de uso”, ele explica. “Mas três estão em funcionamento e têm capacidade para atender a demanda”, garante o assessor. A secretaria Estadual de Saúde também nega a existência de problemas com os elevadores. “Não procede que a unidade está sem elevadores”, afirma o órgão, em nota.
Os usuários estariam enfrentando dificuldades também para marcar consultas e, segundo dizem, até cirurgias estariam sendo canceladas, por falta de material esterilizado. “Isso não é verdade, pois temos material esterilizado”, atesta Odilon. “E também não procedem as reclamações de que consultas não estão sendo marcadas”. A demora no atendimento também é citada pelos usuários, como é o caso do torneiro mecânico Djalma dos Reis, morador em Diadema, no ABC, mas enviado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ao HH.
“Eu cheguei às 6h e estou até agora esperando ser chamado”, comentou ele, na terça-feira (21), às 10h40. “Sei que a demanda é grande, mas antes liberação de senhas eram mais rápidas”, lembra Reis. O motivo da demora, segundo ele, seria a greve dos funcionários da recepção, que estariam desde novembro sem receber salários. Eles prestam serviço no HH, mas pertencem aos quadros da empresa Mastecnica. “Não sei o número exato de profissionais, mas eles atendem em 28 pontos de recepção aqui do hospital”, afirma o assessor de diretoria. A Secrearia Estadual de Asaúde informa que o pagamento foi efetuado na terça-feira (21).
Odilon não confirma também informação veiculada por uma emissora de televisão de que mamografias e tomografias não estariam sendo realizadas, porque os equipamentos estão quebrados. “Isso não é verdade, o mamógrafo e o tomógrafo estão funcionando normalmente”, ele diz. “O hospital atende a todas as especialidades clínicas e cirúrgicas, e só não tem obstetrícia e pediatria”, afirma o assessor, acrescentando que o ambulatório recebe em média 700 pacientes, por dia, e cerca de 400 pronto atendimentos.

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