Obras do Parque Independência começam com 8 meses de atraso

Os moradores do Ipiranga fizeram festa quando o prefeito Bruno Covas (PSDB) assinou o contrato da primeira fase da obra de ampliação do Parque Independência. Isso ocorreu há quase nove meses e, até agora, quase nada foi feito. Uma retroescavadeira começou há cerca de uma semana o trabalho de terraplanagem no terreno de 26,5 mil m² que serão anexados ao bosque.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) esteve na subprefeitura Ipiranga, no dia 5 de março, um domingo, e na ocasião o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo de Castro, disse que, “na segunda (6) ou terça-feira (7), as máquinas já estarão em ação, preparando a área para as benfeitorias”. Ele acrescentou que a verba para a realização da fase inicial da obra (R$ 1,6 milhão) foi obtido junto ao Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA).
Encabeçada pelo advogado Valdir Abdallah, a luta dos moradores do Ipiranga pela anexação ao bosque do terreno entre as ruas Bom Pastor e dos Sorocabanos estende-se há mais de 20 anos. Eles acreditaram que o sonho iria se realizar, quando o prefeito assinou o contrato da obra de ampliação do equipamento público , mas o ceticismo começar a tomar conta de todos. “Não sei qual é a razão, mas tudo que se refere ao Parque Independência é cercado de muita lentidão e até desinteresse do poder público”, lamenta o contador Mário Vargas de Freitas. “Eu deixei de vir aqui diariamente, para não aumentar a descrença”, ele acrescenta.
A previsão era de que os trabalhos estivessem concluídos em oito meses e, se a promessa de Castro fosse cumprida, os usuários já estariam usufruindo de um novo espaço na principal área verde da região. Mas os trâmites para os acertos no projeto foram vagarosos e quase nove meses foram perdidos. A assessoria da secretaria do Verde informou por meio de nota que “não houve alteração no projeto previsto para o bosque”. Diz ainda que o “custo das obras não foi alterado “.
A euforia inicial dá lugar a dúvidas. “Será que podemos acreditar que a ampliação do parque vai mesmo sair do papel?”, questiona a assistente administrativa Ana Cecília Prado, que pelo menos duas vezes por semana faz exercícios no bosque. “Os políticos sempre se mostraram indiferentes aos destinos do Parque Independência e, em contrapartida, as nossas lideranças não têm a força e a determinação que deveriam ter”, ela avalia.