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Mortes levam São Paulo a decretar guerra contra dengue

Com a confirmação de 31 mortes e 139 mortes sob investigação, o governo de São Paulo anunciou um decreto de emergência em saúde pública para a dengue. O anúncio ocorreu após o Centro de Operações de Emergências (COE) recomendar a medida, uma vez que o Estado atingiu 300 casos confirmados da doença por 100 mil habitantes, além das mortes.
O decreto permitirá que Estado e municípios implementem ações com maior agilidade e, também, possam receber recursos adicionais do governo federal. Cada município, a partir da análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local.
Segundo portaria do governo federal, os incrementos financeiros para emergências deverão ser enviados ao Estado, a partir de agora, para investimento em vigilância em saúde, atenção primária e atenção especializada. Em São Paulo, os recursos serão destinados, prioritariamente, para aquisição de máquinas de nebulização e insumos, contratação de pessoas e ampliação da capacidade da rede no combate ao mosquito. Além disso equipes de fiscalização da Vigilância Sanitária estão percorrendo os bairros para vistoriar as residencias, com o objetivo de eliminar possíveis criadoros..
“O monitoramento realizado pelo Estado, desde o ano passado, apontava aumento expressivo no número de casos e a antecipação dos registros em cerca de dois meses. Esse trabalho permitiu que uma série de ações fosse tomada, evitando cenários mais críticos como os enfrentados pelos estados vizinhos”, ressaltou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, durante reunião do COE.

Drones com disparo de larvicida para combater avanço da dengue

A Prefeitura de São Paulo está usando drones para eliminar focos do mosquito da dengue com larvicida. Essa é mais uma ação que utiliza as tecnologias mais recentes e eficazes no combate à dengue, apesar de a cidade ter 209 casos por 100 mil habitantes, o menor índice na média do país.
A Prefeitura de São Paulo sempre está na vanguarda, sempre colocando inovações e buscando ter a melhor performance dos seus serviços e dos seus trabalhos, trazendo essa inovação importante que é a utilização de drones para identificação de focos de criadouros. E agora o drone para a aplicação do larvicida em locais com criadouros”, disse o prefeito Ricardo Nunes.
Os cinco equipamentos estavam em teste desde fevereiro e agora são incorporados às ações realizadas em cada região da cidade. Eles se somam aos 26 drones já utilizados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) para o monitoramento de imóveis e terrenos com possíveis focos do mosquito da dengue que os agentes de saúde não conseguem acessar, como telhados de casas, lajes, galpões e outros pontos com acúmulo de objetos em terrenos baldios.
“É uma ação muito importante, porque em uma cidade como São Paulo sabemos que não temos acesso a muitos imóveis e, portanto, temos tido dificuldade para poder fazer a eliminação desses criadouros”, destacou o prefeito Ricardo Nunes. “Não existe outra ação que tenha possibilidade de controle de dengue que nós não estejamos fazendo. A cidade de São Paulo fará tudo o que for possível para combater esse mosquito. Estamos sempre buscando por inovações para ter a melhor performance dos nossos serviços, trazendo inovações que façam a diferença”, acrescentou.
Os equipamentos estarão à disposição em cada uma das cinco Coordenadorias Regionais de Saúde, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. A operação será realizada por uma empresa especializada em conjunto com os agentes de vigilância em saúde da cidade.

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