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Morre o maestro Silvio Baccarelli

Silvio Baccarelli nasceu em 1931 e iniciou sua trajetória na música aos 12 anos, ingressando no Seminário em São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais. Aos 15 anos, assumiu a regência do coro da cidade, enquanto estudava para se tornar padre e especialista em música sacra. Em 1960, já tendo abandonado o sacerdócio, fundou o Coral Baccarelli, que até 1980 chamava-se Coral Clássico e Folclórico de São Paulo, com o objetivo de divulgar a música coral. Em 1994, o grupo recebeu prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte. Ao mesmo tempo, sua empresa trabalhava no mercado de música para casamentos, abrindo oportunidade de trabalho para centenas de jovens músicos.

Nos anos 1990, no entanto, um incêndio de enormes proporções destruiu boa parte da favela de Heliópolis, na zona sul de São Paulo. Acompanhando as notícias pela televisão, Baccarelli resolveu criar um projeto que pudesse ajudar as crianças da comunidade. “Eu liguei para ver o jornal do meio dia e só aparecia fogo. Vi aquelas crianças e pais desesperados, fiquei muito emocionado e senti uma voz interior dizendo assim: vai fazer alguma coisa por essas crianças”, lembraria em uma entrevista anos mais tarde.

Em uma pequena sala na Vila Mariana, ele começou a oferecer aulas de instrumentos – e o projeto logo cresceria. Em 2005, passaria a ocupar uma antiga fábrica de sucos em Heliópolis e, em 2009, ganharia sede própria na Estrada da Lágrimas.

Por problemas de saúde, Baccarelli estava afastado do cotidiano do instituto. Desde 1998, a entidade é dirigida por Edilson Ventureli e Edmilson Venturelli e, desde 2011, conta com direção artística do maestro Isaac Karabtchevsky, além de ter Zubin Mehta como patrono. O instituto trabalha atualmente com 1.200 crianças e jovens da comunidade (no começo, eram 36) e mantém grupos como a Sinfônica Heliópolis e o Coral da Gente, que se apresentam em importantes palcos da cidade e do Brasil, além de já terem realizado turnês internacionais.

“O mais importante do trabalho que fazemos é relembrar esses jovens, essas crianças, de que elas são seres humanos com os mesmos direitos que os demais e que têm uma voz importante, que precisa ser ouvida na sociedade da qual eles são parte. A música é uma forma de relembrar a eles essa voz individual e dar força para que ela seja colocada e ouvida”, dizia.

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