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Fim de semana tem boxe feminino profissional

O Ipiranga vai receber no sábado (26) o PPink Punch 19, um programa nacional de boxe feminino, profissional e amador. Ele foi idealizado e é estrelado por Loren Capece, medalhista pan-americana (prata e bronze na categoria 54 kg) e tetracampeão brasileira pela CBBoxe (Confederação Brasileira de Boxe), com apoio de mulheres apaixonadas por essa modalidade esportiva.

“É importante destacar que será o primeiro evento exclusivamente de boxe feminino”, observa Loren. “Sempre dependemos  de eventos com lutas masculinas para que ocorressem os combates femininos. Como mulher e atleta, digo que é um evento que eu gostaria de ter lutado no início da minha carreira  e, por isso, estou muito empenhada em fazer acontecer”, ela se posiciona.

O PPink Punch 19 vai ocorrer no Museum Food Park (avenida Nazaré, 186), a partir das 18h e, entre os 600 convidados, estão dois ícones do boxe: Acelino “Popó” Freitas e Servílio de Oliveira. São esperados também artistas, treinadores, jovens promessas dessa modalidade e personalidades do bairro. A data para a realização do programa de lutas também é simbólica para as mulheres: outubro é hoje mundialmente conhecido  como um mês marcado por ações relacionadas à prevenção e diagnóstico do câncer de mama.

“Enfrentar um câncer não é nada fácil”, comenta Loren. “Imagine a batalha que é lidar com sessões de quimioterapia  e, em alguns casos, com a perda do seio – mastectomia. A força da mulher em superar esses desafios é imensa e por isso mesmo podemos associá-la ao boxe, uma modalidade  que pode extrair forças de onde nem imaginamos e que carrega em sua essência essa capacidade de superação”, ela compara.

O boxe está desde os 17 anos na vida de Loren e hoje já são 17 anos de carreira com um cartel invejável: 193 vitórias e oito derrotas. Ela também é proprietária de um espaço exclusivo para mulheres treinarem boxe. “Quando eu comecei no esporte não existia, por exemplo, o viés feminino”, ela recorda. “Usávamos tudo exatamente igual ao masculino, roupas, acessórios e equipamentos, o que também não é adequado”, comenta Loren. “A lutadora pode ser feminina, esteticamente falando, que isso não afeta a performance”, ela conclui.

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