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Falso técnico de radiologia é preso acusado de estuprar duas garotas

Um rapaz, de 19 anos, foi preso, por estupro em uma clínica odontológica que fica em um prédio na rua Lino Coutinho, 1886. O caso aconteceu na quarta-feira (18), quando a criança de 12 anos, denunciou o abuso para a mãe que a acompanhava. Mãe e filha foram à Clínica Odonto Chessa para fazer um raio-x da arcada dentária. Segundo elas, o atendente levou a garota para dentro da sala e não deixou a mãe acompanhar, por não ter colete contra a radiação extra. No laboratório, ele vendou os olhos da menina e teria cometido o abuso.

A mãe conta que aguardava na sala de espera e que quando viu a filha saindo do laboratório percebeu que ela estava nervosa. “Ela falou: ‘mãe, eu sofri um abuso e eu quero sair daqui agora’. Ela levantou e saiu correndo.”

A mãe chamou a polícia que prendeu o rapaz em flagrante. O delegado indiciou Gabriel Chessa, por estupro de vulnerável e exercício ilegal da profissão, já que ele não é técnico e não poderia exercer a função. A menina foi levada para o hospital Pérola Byington, fez exames periciais e foi liberada.

O Conselho Regional de Odontologia afirmou em nota que “irá apurar os fatos e a conduta dos profissionais da Odontologia para em seguida tomar as devidas providências legais”. O conselho afirma que vai verificar se a clínica tem registro para funcionar.

A clínica não abriu na tarde desta quinta-feira (19) e ninguém quis comentar o caso. Segundo o delegado Julio Cesar de Almeida Teixeira, responsável pelo caso, Gabriel entrou em contradição durante o depoimento. “Ele apresentava uma desculpa, essa desculpa vinha por terra, montava uma outra desculpa, então isso foi dando para versão dele cada vez um valor menor e nos foi deixando mais claro de que ele estava mentindo”, afirmou o delegado.

Outra paciente, também de 12 anos, procurou a polícia para denunciar o mesmo homem e disse ter sofrido abuso há 15 dias. As duas vítimas contaram histórias parecidas. As meninas entraram sozinhas na sala de exame – as mães foram impedidas por falta de colete contra radiação – e sofreram abuso no momento em que fariam o molde dos dentes. Elas disseram que foram vendadas com um pano verde e falaram até a marca.

A polícia apreendeu o celular de Gabriel e pediu a quebra do sigilo telefônico. Ele foi preso em flagrante e indiciado por estupro de vulnerável e exercício ilegal da profissão. A Justiça de São Paulo converteu a prisão temporária em preventiva e ele permanece detido.

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