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Escola pede socorro no Moinho Velho

“Eu Amo Estudar”. A frase, escrita na entrada principal da Escola Estadual Professor Gualter da Silva, localizada na rua Anatole France, 76, no Moinho Velho, reflete o sentimento dos mais de 700 alunos dos dois turnos do estabelecimento. O estado em que a escola se encontra no entanto, poderia ter uma tradução livre mais ou menos assim: “eu não quero vocês aqui”.
A escola já foi uma referência para os jovens da região. Fundada há mais de 50 anos, ela formou gerações que mantém orgulho de terem estudado lá, como aponta dezenas de postagem no facebook. Hoje, porém, a falta de manutenção coloca os estudantes professores e funcionários em eminente perigo, até da própria vida.
As paredes estão rachadas em quase toda sua extensão, banheiros sem condições de uso, coloca em risco, inclusive, a saúde dos alunos. A instalação elétrica compromete a segurança; cadeiras escolares em péssimas condições estão amontoadas em várias dependências da escola. O estabelecimento como um todo não oferece as mínimas condições de permanência em seu interior, colocando em risco a vida dos estudantes, professores e funcionários.
Segundo pais de alunos essa situação vem se mantendo há muito tempo, mesmo antes da pandemia, quando o estabelecimento deixou de receber os alunos de forma presencial. E agora, com a obrigatoriedade do retorno de 100% dos estudantes, o medo dos pais em mandar os filhos para a escola, faz com que a presença não chegue a 50% dos estudantes. Pais afirmam que o estado em que a escola se encontra é um desestimulo aos estudantes e professores.
A escola, que já foi referência na região no ensino Fundamental II e Ensino Médio, hoje regista uma das mais baixas notas no ENEM, com uma média de 480.1, obtida em 2019. Lá, a criança entra aos 9 ou 10 anos no ensino Fundamental e saia com 18 ao19 anos, no fim o Ensino Médio. “Toda criança e jovem queria estudar no Gualter. Ela era considera uma das melhores escolas da região. Estudar no Gualter era um privilegio, pois o jovem sai em condições de obter um bom trabalho ou até mesmo de entrar em uma faculdade. Agora tudo mudou e nas condições em que a escola se encontra o medo de um acidente está em todas as salas de aula, diz a mãe de um aluno que prefere não se identifica. O grupo de pais, porém, criou uma conta no instagram onde são postadas frequentemente toros das precárias condições da escola.

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