Desempenho no tênis faz atleta ganhar bolsa de estudos nos EUA
Isadora Marcondes de Oliveira sempre foi determinada nas quadras. Ela começou a praticar tênis aos sete anos e aos 11 já era a quinta melhor tenista na categoria F12 Feminino da FPT (Federação Paulista de Tênis). Conquistou inúmeros títulos, como o vice-campeonato da 17ª Copa São Paulo de Tênis Infanto-Juvenil; campeã do 37º Campeonato Aberto do Clube Espéria; vice do Mahogany Open 2010; e campeã do 21º Torneio Máster.
Considerada um talento precoce, Isadora se destacou entre as atletas em formação, mas agora, aos 19 anos, decidiu que não vai seguir a carreira no esporte. “Quero me dedicar ao tênis universitário”, diz a ipiranguista, que no dia 6 viajou para os Estados Unidos para cursar Business Administration & Marketing no Hillsborough College. O estabelecimento de ensino fica em Tampa, no Estado da Flórida, e possibilita a Isadora participar de competições entre faculdades.
“A chance de estudar nos Estados Unidos surgiu pelo fato de eu não querer jogar tênis profissional, apenas universitário. Meus amigos do circuito de tênis fizeram a mesma coisa, então isso é comum”, ela argumenta. “Acabamos o ensino médio no Brasil e fizemos os vestibulares necessários pra aplicar nas faculdades americanas”, explica. “não me imaginava estudando nos Estados Unidos, mas sempre tive vontade. O impacto aqui é grande, porque os americanos e a maior parte dos outros estrangeiros aqui residentes são muito diferentes dos brasileiros em questões afetivas. Eles são bem frios”, ela constata.
Isadora é sócia do Clube Atlético Ypiranga (CAY) praticamente desde que nasceu e reconhece que muito do que aprendeu no tênis deve a seus primeiro professor, Carlos Rodrigues, o Cacá. Ela não se esquece também de outras pessoas que a fizeram progredir no esporte, casos do empresário Armando Leite, da Monumento Sport’s; a Metrópole Logística , a Fidelíssima Café e, em especial, o pai e principal incentivador, Waldir José de Oliveira.
“Tenho gostos muitos simples”, comenta Isadora. Ela não deixa de ir diariamente à academia e, sempre que pode, vai com as amigas ao cinema, a festas e restaurantes. “Mas o que mais gosto de fazer é passar o tempo meus pais e meus dois cachoros, o dálmata Jack e SRD Brigitte. Quanto à leitura, o que mais me atrai são biografias de atletas que me inspiraram, como Roger Federer, Rafael Nadal, Maria Sharapova e Serena Willians”.
A decisão irreversível de não seguir carreira no tênis se deve às dificuldades que os atletas têm de enfrentar. “Não é fácil a vida de um atleta e, para ser profissional, eudeveria ter deixado de lado o estudo presencial desde o primeiro ano do ensino médio. Além do mais, o tênis não é um esporte barato, todos sabem disso. As inscrições de torneios são caras, ficamos por conta própria”, ela conclui.
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