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Com medo de estupro, estudantes andam em grupos

Estudantes de universidades e cursinhos da Vila Mariana e entorno mudam a rotina por medo de assédios e assaltos, principalmente no entorno de estações de Metrô.
Os alertas começaram nas redes sociais. Por precaução, estudantes passaram a voltar para casa de van, de carona com os pais ou em grupos. “Todo mundo fico esperando cada um sair para se juntar, tomar uma cerveja e ir embora junto, porque não dá para ir embora sozinha”, disse Beatris Rifonas.
Na dúvida se as informações que circulam pela internet são reais ou boatos, a universidade ESPM enviou um e-mail com alertas de segurança para os alunos, como não andar desacompanhado e evitar ficar nos arredores da faculdade depois das aulas.
Um dos casos mais recente na região foi da estação Sacomã. Uma estudante de 18 anos alegou ter sido estuprada na estação da Linha Verde-2 na tarde de quarta-feira (22). Já na segunda-feira (27), o secretário da Segurança Pública do estado de São, Mágino Alves Barbosa Filho, disse que as investigações da polícia não conseguiram confirmar ter havido o crime. De acordo com a polícia, a jovem confessou que não foi estuprada.
A versão final sobre a suposta violação veio após a análise e apresentação das imagens à jovem, onde foi possível concluir que ela esteve sozinha durante o período que ficou nas dependências do metrô. O circuito de vigilância não identificou qualquer movimentação suspeita que corroborasse com a primeira versão da estudante.
Segundo a polícia, a jovem admitiu ter mentido sobre o fato, alegando problemas familiares, em novo depoimento realizado nesta tarde na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher, na zona sul de São Paulo. Apesar de a versão da jovem ter sido aceita pela polícia, a estudante deve ser indiciada por comunicação falsa de crime.

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