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Assaltos na região do CAY preocupam frequentadores do clube

O Ipiranga tem se tornado um bairro cada vez mais atrativo para os bandidos. Assaltos realizados com certa frequência na redondeza do Clube Atlético Ypiranga (CAY), desde arrombamento de veículos à mão armada, vem preocupando os associados e frequentadores do clube.

Muitos deles, sequer estão frequentando o local à noite, para não terem que sair de suas casas e correr riscos, apesar de os crimes serem cometidos, também, durante o dia. De acordo com alguns frequentadores, aparentemente, são três cidadãos os que costumam a atacar a região, muitas vezes, de bicicleta.

“Eu tenho medo de vir no clube à noite. Muitas vezes tenho que sair correndo para abrir o portão [de casa], com medo das pessoas. Na semana passada mesmo, sai na rua e tinha duas pessoas fumando e me encarando. Fiquei morrendo de medo e sai correndo”, contou Sheila Fernanda Decillo, frequentadora do CAY.

Ainda segundo ela, mesmo não sendo culpa do clube, a segurança para a entrada e saída de pessoas está, de certa forma, comprometida. E um dos pontos a serem questionados por ela é a falta de iluminação, que poderia ser resolvida pelos gestores.

“A segurança para entrar e sair – mesmo não sendo culpa do clube – está um pouco escassa. Sem iluminação, sem proteção, porque é calçada deles [do CAY] e a gente não consegue uma garantia de que entraremos e sairemos com segurança”, apontou.

Outros aspectos que segundo Sheila e outros frequentadores, podem ser aperfeiçoados pelo clube, estão relacionados à falta de segurança e um estacionamento mais compatível para que a maioria dos veículos das pessoas que costumam a ir para o clube estejam seguros, uma vez que, muitos são obrigados a estacionar na rua pela falta de capacidade.

“O clube não fornece estrutura para muitos carros. O pessoal para lá fora [na rua] e quando chega – muitas vezes – encontra um vidro estourado, levaram o carro ou ocorre assalto”.

O filho de Giovanna Rillo joga futebol às 21 horas no CAY. Eles residem a quatro quarteirões do clube e às terças-feiras, por exemplo, não podem ir de carro por conta do estacionamento, que de acordo com ela é destinado apenas ao baile que acontece tradicionalmente no clube. Assim, ela e o pequeno são obrigados a se locomover a pé até o clube, o que para ela, com a falta de segurança é motivo de medo.

Segundo ela, a situação piora durante o mês de junho, período de festa junina no qual o clube fica ainda mais lotado. E justo nesse período, a falta de policiamento no local permite um maior número de roubos.

“Estou a quatro quarteirões daqui. O treino dele é 21h. Então a gente fica com medo. E o que piora é julho, nessa época de festa junina, porque como eles ficam sabendo que lota o estacionamento, as ruas em volta ficam cheias de carros durante o dia inteiro e não passa policial aqui, então eles têm tempo de roubar quantos carros quiserem”, expressou ela.

“Eu moro em uma rua paralela ao clube e não frequento o clube à noite, justamente por conta de assalto. Embora seja muito próximo, a gente não consegue vaga no estacionamento pela quantidade de pessoas”, afirmou Rosangela Cardoso.

Seu irmão foi assaltado nas proximidades e levaram seu carro em frente a um prédio o qual tinha câmeras. Segundo ela a principal “culpada” para isso é a falta de segurança e eficácia das autoridades. “Infelizmente não tem dia, horário, e é sempre o mesmo esquema: moto, uma pessoa à paisana e outro roubando os veículos, então, realmente está muito perigoso”, frisou.

As entrevistadas afirmaram que a solução principal é zelar pela segurança com policiamento mais ostensivo no bairro, como um todo, e no entorno do clube.

De acordo com informações obtidas pelo Jornal Ipiranga News, com a presidência do CAY, algumas medidas viáveis ao clube já estão sendo tomadas para aumentar a segurança na região, como melhorar a iluminação externa do local, maior número de vagas para os veículos dos associados e buscar maior rondas da Polícia Militar e GCM no entorno.

Fernando Oberle, presidente do CAY, disse que mais postes de luz já foram colocados na faixada do clube, até o estacionamento e faltam apenas mais dois que ainda serão implantados em sua continuidade. Uma câmera de segurança também deverá ser providenciada, segundo ele.

Oberle disse ainda que já manteve contato com as autoridades do bairro – e da Subprefeitura – para oficiar a PM e reforçar o policiamento no bairro e na redondeza, demanda, segundo ele, “do bairro”. O presidente chegou a pedir, também, uma guarda fixa, o que, frisou, “seria inviável”.

“Da porta para fora é o que a gente pode fazer”, apontou Fernando, descartando, porém, qualquer possibilidade de que um guarda patrimonial seja contratado pelo Atlético, mesmo que este tenha sido um pedido corriqueiro. “Eu não posso colocar guarda patrimonial do clube na calçada, porque qualquer problema que tiver, eu serei o responsável”, explicou ele.

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