Museu precisa de R$ 8 milhões para começar obras

O Governo do Estado está em busca de R$ 8 milhões para poder dar início às obras de reforma do prédio do Museu do Ipiranga. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada na segunda-feira (18), o secretário da Cultura, Sérgio Sá Leitão, afirmou que para que a obra comece em setembro são precisos R$ 20 milhões. Até agora, o governo tem apenas R$ 12 milhões assegurados pela empresa do setor elétrico EDP, a primeira patrocinadora.
Ainda de acordo com Leitão, a administração estadual corre para captar mais recursos. Pelo menos dois eventos da USP e do governo devem ocorrer nos próximos meses em busca de patrocinadores.
A expectativa da gestão João Doria (PSDB) é conseguir 20 empresas para chegar, no total, a R$ 160 milhões, custo geral da obra. A reforma interna e a construção de um subsolo com a nova entrada pelo Parque da Independência estão orçadas em R$ 120 milhões. Outros R$ 40 milhões dizem respeito a mobiliário, revestimento, equipamentos e sinalização.
A expectativa do Governo do Estado é finalizar as obras no período de 30 meses, até 2021. O Museu do Ipiranga está fechado para visitação desde 2013 e deve ser reaberto em setembro de 2022, na celebração do bicentenário de Independência do Brasil.
Segunda reportagem do O Estado de S.Paulo, o Governo do Estado e a USP estudam mudar a administração do Museu Paulista. Hoje, a gestão é feita 100% pela universidade. Entre as possibilidades de novo modelo de administração estão fundação, organização social e Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip).
“Todos querem que o museu tenha uma gestão profissional. O modelo 100% estatal de gestão de museus e centros culturais não funciona. Não há um exemplo de instituição que funcione com qualidade e excelência que tenha esse modelo. Se você está em um órgão público, o seu orçamento está no orçamento geral daquele órgão público. Então, se precisar tirar dinheiro do Museu para pagar o salário dos professores da USP, isso vai acontecer e o museu vai sofrer”, disse Leitão.