Buracos nas ruas e avenidas são uma das principais irritações dos motoristas e pedestres. Além do transtorno essa situação tem gerado reclamações e prejuízos aos comerciantes da feira livre que acontece às terças-feiras na rua Frei Mont´Alverne, na Vila Eulália. Os ipiranguistas têm que ficar com um olho nos produtos e outro no chão, senão a queda é garantida.
A aposentada Maria Antônia, com medo de cair em uma armadilha dos buracos, fala que optou por frequentar outra feira, depois de 10 anos semanalmente fazendo suas compras na tradicional feira livre. “É bem difícil, mesmo. A situação aqui é muito ruim. Já não tenho as pernas boas então prefiro mudar um hábito de 10 anos, do que correr o risco de cair”, lamentou. “Pode olhar aí, todo canto é tudo cheio d’água. Está desse jeito vai fazer no mínimo um ano já.”, completou a aposentada.
Para amenizar o problema, ou evitar quedas, os feirantes colocaram um papelão com a frase ”cuidado buraco”, alertando os freqüentadores sobre os buracos.
Indigandos com a quantidade de buracos, os moradores sugeriram até nome para a feira-livre. “Batizamos a feira como ‘feira do quebra pés’. O nosso prefeito vai levar a cidade para a cova. Está fazendo jus ao sobrenome dele. São Paulo nunca teve tantos buracos como hoje”, disse o advogado, Eduardo Augusto Pinto.
