Com casa cheia, animação e muita devoção, a Igreja de Nossa Senhora Aparecida do Ipiranga celebrou o dia dedicado à Nossa Senhora Aparecida (12) em grande estilo e com expressiva presença dos fiéis, que desde o ano passado, puderam comparecer presencialmente ao evento.
“Todo ano eu venho. O certo é vir na Igreja dela mesmo. Eu sou católica e nossa Senhora Aparecida é nossa mãe. A festa está muito boa”, contou à reportagem do Jornal Ipiranga News, Vanda Maria da Silva Rodrigues, de 64 anos, moradora da Vila Prudente que, anualmente, comparece à Igreja.
A data contou com Missas durante o dia inteiro, além da tradicional festa, com barracas de comidas, bebidas, o famoso Macarrão à Milanesa e o Bolo de Nossa Senhora Aparecida. A festa voltou a acontecer desde o ano passado, após o período pandêmico.
Além dos moradores do Ipiranga e região, a Igreja, como todo ano acontece, recebeu muitos moradores de outras regiões do bairro, que não perderam a oportunidade de comparecerem ao local Santo para agradecer, orar e parabenizar à Nossa Senhora Aparecida, como é o caso de Izilda Maria Aparecida, 65 anos, moradora da Casa Verde, que sempre que pode, está presente na Paróquia.
“Todo ano que eu posso, eu venho sim. Nossa Senhora Aparecida, para mim, é tudo. Abaixo de Deus é Nossa Senhora Aparecida. Estou achando muito bonita, está tudo positivo [a festa]”, contou Maria.
Assim como Aparecida, Liliane Lima, 52 anos, também não reside no Ipiranga. Advinda da Brasilândia, vai ao Santuário no dia 12 à seis anos e amou a festa à Nossa Senhora Aparecida. “Já tem seis anos que eu venho aqui no dia 12, participar da celebração e agradecer a Nossa Senhora Aparecida por muitas graças recebidas. A festa aqui é sempre maravilhosa, animada. Pela quantidade de pessoas que estavam vindo no caminho, parecia uma peregrinação”, apontou.
“É uma mãe companheira, mãe amiga, a minha maior intercessora, minha cuidadora. Eu sou muito devota de Nossa Senhora Aparecida. Tenho muita gratidão para com ela”, disse, Lima, sobre o significado de Nossa Senhora Aparecida para ela.
“Eu estou adorando. É nossa primeira vez [no Santuário]. A Liliane quem nos trouxe. Ela vem aqui há bastante tempo. A gente está amando e é só gratidão. [Nossa Senhora Aparecida] é nossa mãe. Nossa Padoeira. Mãe das crianças e dos adultos. Nossa mãezinha”, destacou Mônica Martins, que esteve no Santuário com sua mãe e filha criança.
“A primeira mãe de todo mundo é ela. É nossa mãe”, disse, sobre Nossa Senhora Aparecida, a pequena de Martins.
Os centena de devotos presentes na Igreja, aguardaram ansiosos para acompanhar a tradicional Procissão em homenagem à Nossa Senhora Aparecida. Mas, por conta das fortes chuvas e instabilidade do tempo, o Pároco Zacarias José de Carvalho Paiva foi orientado pelos órgãos de segurança do município a não realizá-la.
Paiva orou para o público, em frente ao carro com a imagem da Santa, que aguardava fora do Santuário, para realização da Procissão. Depois, convidou a todos para rezar o Terço dentro da Paróquia.
“Devido à instabilidade do tempo e orientado pelos órgãos de segurança do município, nós não vamos fazer a Procissão. Vou fazer uma oração aqui, nós vamos entrar na Igreja e vou convidar vocês a rezarem o Terço comigo, oferecendo a vida das crianças, de nossas famílias e do nosso país”, falou o padre aos fiéis.
Houve certa tristeza por parte dos devotos. “Mas parou [a chuva” disse ao padre uma senhora. “Se quiser, eu falo com São Pedro”, pontuou outro senhor. Mas nem assim, a emoção e a comemoração foram impactadas e a festa continuou sendo um sucesso.
À reportagem do Jornal Ipiranga News, o padre Zacarias comentou sobre seu sentimento em, novamente, ver a Igreja de Nossa Senhora Aparecida lotada, mesmo sem haver a Procissão. “É muito bonito ver o povo reunido para louvar nossa mãe, engrandecer o nome da Virgem Maria. Ela mesma disse: “todas as gerações me chamarão de bem aventurada” e eu fico muito feliz com isso. Nós, povo católico, temos uma sensibilidade muito grande com Maria”, afirmou.
“Realmente, aqui na Cidade de São Paulo, no nosso Estado, é uma Igreja exponencial, na sua arquitetura, sua organização de festa, sua longa história dessas festas, também, aqui”, disse o Pároco, sobre a grandeza e importância da Igreja de Nossa Senhora Aparecida do Ipiranga.
“Naturalmente, a gente tem que se adequar às condições climáticas. A Paróquia é um organismo vivo dinâmico e a gente tem que se organizar e ouvir as pessoas que são peritos em trânsito, em segurança. O padre não pode fazer nada da cabeça dele, sem ouvir quem trabalha diretamente com ele. Então, é sempre bom a gente ouvir, porque comunidade é isso. A gente constrói junto a comunidade”, frisou, ainda, Zacarias José, sobre a não realização da Procissão.
Lenir Martins é mãe de Mônica, já mencionada na reportagem e não conteve a emoção ao falar de Nossa Senhora Aparecida e da festa destinada à Santa na Igreja do Ipiranga. “É a nossa primeira vez e para mim Nossa Senhora é tudo. É mãe. Eu venho agradecer pela minha família e eu não tenho palavras. Ela [Nossa Senhora Aparecida] está sempre em todos os dias da minha vida, em todas as horas”, destacou.
“É muito gostoso ver a fé das pessoas. Aí, a gente fica mais emocionado ainda”, afirmou, ainda, Lenir.
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