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Você sabe lidar com a raiva?

A raiva, por definição, é a avaliação de uma injustiça percebida, que costuma vir associada a uma reação para conter essa injustiça. Diante da expectativa de que terá o controle da situação e movido por um senso de justiça, muitas vezes a pessoa pode ter um comportamento causador de danos ao sentir raiva.
Um esquema de emoções e percepções costuma preceder a raiva, como: acreditar que estar sendo menosprezado ou depreciado ou frustração e medo, o que provocará a percepção de que estes sentimentos desagradáveis foram causados injustamente por outras pessoas. Em outras palavras, a raiva é uma resposta emocional instintiva de autopreservação ao sentimento de que está sendo ameaçado, maltratado e injustiçado.
Pessoas que apresentam a raiva de maneira muito frequente ou exagerada costumam ter um padrão de funcionamento rígido, guiado por crenças de perfeccionismo e injustiça, que serão o gatilho para desencadear a emoção da raiva. Por exemplo:

“o mundo é injusto!”
“as coisas precisam ser corretas!”
“as pessoas devem seguir regras!”
“as pessoas não me respeitam!”

A emoção da raiva é comum a todos nós, porém quando ela passa a ocorrer de maneira recorrente, acompanhada de comportamentos disfuncionais, trazendo prejuízos às áreas da vida do indivíduo, podemos estar diante de um quadro patológico que precisa ser tratado.
Uma pessoa pode ter muitos danos com o comportamento exagerado de raiva, como perder casamento, amigos, emprego, etc. Muitas vezes o indivíduo acaba sendo evitado, pois ninguém quer conviver ao lado de outro se este se apresentar como uma “bomba-relógio”, prestes a explodir a qualquer momento.
A emoção da raiva sempre será legítima, a questão está na maneira que você lida com ela. Quando surge a raiva, você tem manejo emocional e cognitivo para lidar com ela ou como consequência você sofre e fica remoendo os pensamentos? Você apresenta um descontrole comportamental, xinga, ofende, agride e depois se arrepende e se culpa?
O importante é saber que você tem escolhas sobre como reagir à raiva e pode sim mudar a situação nos casos mais críticos e prejudiciais. É fundamental lembrar que muitas vezes a raiva esconde a tristeza. Conforme a raiva vai diminuindo, a tristeza vai surgindo.
Durante o tratamento, o indivíduo precisará identificar os pensamentos gatilhos de sua raiva e sua origem, novas formas de perceber a situação e, por fim, desenvolver novas habilidades de resolução de problemas e regulação emocional para o enfrentamento das adversidades da vida, já que estas sempre surgirão.

“Antes de querer mudar o mundo, você deve mudar a si mesmo” Gandhi.

 

Alexandra Ramos
Psicóloga Cognitivo Comportamental
CRP: 06/112592
alecframos@gmail.com
(11) 98037-3433

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