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Senador diz que presidente se recuperou da depressão e pode entregar faixa a Lula

Ainda abalado, dormindo pouco e, segundo interlocutores, acordando altas horas da madrugada, dando socos nas paredes e móveis e resmungando “não acredito, não acredito”, numa referência a derrota nas eleições para o ex-presidente Lula, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já esta se recuperando da depressão acometida depois da derrota, está “bem mais animado” e pode “até concordar em passar a faixa para Lula”, disse a interlocutores o senado Flávio Bolsonaro (PL), filho do presidente. Além do filho mais velho, também o vice-presidente Hamilton Mourão vem aconselhando o ex-capitão a comparecer à cerimônia de posse de seu sucessor. Segundo afirmou Flávio, o pai, que tem se mantido mudo e apático desde a derrota, “começou a se mexer” estimulado pela eleição para a presidência do Senado. Ontem, o senador Chico Rodrigues, que era do União Brasil, anunciou sua filiação ao partido. Com isso, a bancada de Valdemar Costa Neto no Senado, que já era a maior da Casa, cresce para 15 senadores.

Valdemar que tentou, pedir a anulação da votação de centenas de urnas eletrônicas, alegando problemas técnicos, sem apresentar provas, agora trabalha para atrair novos nomes antes do dia 2 de fevereiro, data da eleição para a presidência das Casas.

Seus argumentos, segundo informações da jornalista Thaís Oyama, como em 2026, dois terços dos senadores encerram seus mandatos, os que pretenderem concorrer a nova eleição precisarão de tempo na TV e dinheiro do fundo partidário para suas campanhas — dois artigos que o PL tem de sobra.

Bolsonaro começou a receber senadores no Palácio da Alvorada e pedindo votos para o senador eleito Rogério Marinho. Ele quer que Marinho vá para a disputa da presidência do Senado com com Rodrigo Pacheco, o atual titular. Eleito Marinho ele teria a chance de se “vingar” de Alexandre de Moraes — pedidos de impeachment de ministros do Supremo têm no presidente da Casa o primeiro filtro— e também de “infernizar a vida de Lula”, fazendo uma oposição sistemática.

Para se eleger presidente do Senado, o candidato precisa ter a maioria dos votos (secretos) dos 81 senadores.

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