Realizada há 15 anos, a Procissão de Nossa Senhora de Nazaré, na Vila Carioca, reuniu diversos fiéis e devotos na manhã deste domingo, boa parte, participante anual da comemoração religiosa. O tempo agradável favoreceu para que o festejo religioso acontecesse da melhor forma.
Alguns moradores, mesmo que no bairro, participaram da procissão pela primeira vez neste ano, como é o caso de Ires Ana Fritola Navarro, de 61 anos, que estava “muito feliz”. “É a primeira vez que vou participar dessa procissão. Moro aqui [na Vila Carioca], mas olha, estou sendo abençoada hoje. Estou começando, graças a Deus. Muito feliz”, disse.
Já Maria Rita Carmo Souza, 48 anos, é participante fiel da procissão há aproximadamente doze anos. “Eu acho uma benção. Participo de todas. Para mim sempre é uma benção”, apontou.
Partindo da quadra da Imperador do Ipiranga a procissão percorreu por algumas das principais ruas do bairro e durou aproximadamente uma hora. O ponto de chegada foi a Igreja de Santo Antonio, onde uma Missa foi celebrada às 10h.
A ideia do festejo, de acordo com Helder Campos (68 anos), natural de Belém do Pará e idealizador da ação, é trazer a tradição da comemoração do Círio de Nazaré, que acontece todo ano em sua cidade natal, para São Paulo. Ainda segundo ele, a procissão acontece sempre no último domingo de outubro.
O objetivo da procissão, para o paraense, é aumentar a fé em Nossa Senhora de Nazaré e divulgar o Círio para os moradores da região da Vila Carioca.
“Nós estamos indo – em Belém – para 210 anos do Círio de Belém e o nosso, aqui na região, estamos no 15º Círio. Eu como sou paraense, sou da escola [Imperador do Ipiranga] e da região, “disse”: “vou trazer essa tradição pra gente aqui, também”; e a Vila [Carioca] e o pessoal da escola de samba abraçou minha ideia, veio todo mundo, e nós estamos, aí, saudando a rainha da Amazônia, Padroeira do Pará e protetora da Vila Carioca”, explicou Campos.
Ao expor o que o Círio de Nazaré representa para ele, Helder comparou-o com o Natal, em grandeza e importância. “O Círio de Nazaré representa, para gente, o Natal. Em Belém do Pará, as pessoas se abraçam e dizem? Feliz e abençoado Círio. Então, o Círio, para nós, é muito forte. Mais forte do que o próprio Natal. É uma emoção”, frisou.
“Quem quer ter uma emoção, tire um tempinho, guarde um dinheirinho, vá em Belém do Pará, ver o que é a emoção que as pessoas têm nessa procissão”, concluiu ele.
Assim como Fritola, Lindalva Ferreira da Silva, 56 anos, participou pela primeira vez da procissão. “Eu acho legal. Uma coisa muito interessante. Bom para a comunidade”, afirmou.
