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Monumento se destaca por sua grandeza

Erguido em comemoração a Independência do Brasil, o Monumento localizado na parte debaixo do Parque pode ser visto de longe. O conjunto de esculturas feito em granito e bronze pelo italiano Etorre Ximenes desperta curiosidade. Vencedor de um concurso realizado em 1917 pelo Governo do Estado, o projeto de Ximenes foi duramente criticado pela ausência de elementos históricos.
Inaugurado no dia 7 de setembro de 1922, o Monumento à Independência só seria concluído quatro anos depois já com a inclusão de episódios e personalidades que contribuíram para a emancipação do País.
O servidor público Antonio Varella veio do Rio de Janeiro com a família conhecer as principais atrações do bairro. “Já passamos pelo Museu de Zoologia, pelo Aquário e agora chegou a vez do Parque. No Rio de Janeiro, não temos nada desta grandeza. É muito bonito de se ver”, disse. Mariana Varella ressalta que seria importante que o local tivesse painéis informativos. “É difícil saber quem são e o que fizeram todos os personagens que estão retratados nas estátuas, dá vontade de saber mais”, explica ela.
A obra não só é um marco de onde D. Pedro I proclamou a Independência, mas nela também estão retratadas a Revolução Pernambucana de 1817 e a Inconfidência Mineira de 1789, nas figuras de José Bonifácio de Andrada e Silva, que foi conselheiro influente de D. Pedro II, Hipólito da Costa, jornalista que fundou em 1808 o jornal “Correio Braziliense”, Diogo Antonio Feijó, político atuante na defesa da independência e Joaquim Gonçalves Ledo, um dos principais articuladores do Partido Liberal Fluminense.
Junto com as figuras históricas, estão também quatro leões, um em cada ponta, simbolizando a guarda ao Monumento. Já as imensas escadarias servem de descanso para os frequentadores que não hesitam em se sentar bem pertinho das personalidades.
Aos 79 anos, Ailton de Medeiros Gomes repousa nos degraus do monumento para observar o seu neto andar de skate. “Caminho todos os dias por aqui e quando posso venho prestigiar as manobras do meu neto. Desde pequeno ele gosta de andar e aqui é um ótimo lugar para praticar esportes e se divertir com os amigos”, conta o aposentado.
Na face voltada para a avenida Dom Pedro I e para o Riacho, está o painel que representa o Grito do Ipiranga, de acordo com a pintura de Pedro Américo, assim como a pira que nunca apaga, simbolizando o amor incondicional pela Pátria.
Em 2016, este mesmo painel frontal passou por um grande processo de restauração coordenado pelo francês Antoine Amarger. O trabalho durou dois meses e foi feito em três etapas: limpeza, retoque das esculturas para realçar detalhes e proteção. Com orçamento de R$ 1,1 milhão, a ação da Prefeitura visava diminuir os efeitos da ação do tempo sobre o painel.
Já a parte debaixo do Monumento abriga a Cripta Imperial onde estão enterrados os corpos de D. Pedro I e de suas esposas Maria Leopoldina e Amélia de Leuchtenberg.
O Parque da Independência faz parte da vida do ipiranguista, paulistano, paulista e brasileiros que por aqui passam e se apaixonam pela sua beleza e grandiosidade, como a médica pernambucana Aurenice Ramos, que há 42 anos visitou pela primeira vez o Parque e o Monumento e se apaixonou por ambos, mantendo assim, uma relação constante com o bairro.

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Um Comentário

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