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Telas do Museu guardam a história de São Paulo

O Museu Paulista, ou Museu do Ipiranga, tem em seu acervo de mais de 125 mil artigos, entre objetos, iconografia e documentação arquivística, do século XVI até meados do século XX, que servem para a compreensão da sociedade brasileira, com especial concentração na história de São Paulo. Entre os destaques do acervo estão as famosas pinturas que atraiam milhares de visitantes ao Museu.
O quadro mais famoso de todos é uma obra do artista brasileiro Pedro Américo, a tela Independência ou Morte. Em 1886, o conselheiro imperial Joaquim Inácio Ramalho, então presidente da Comissão do Monumento do Ipiranga, firmou um contrato com Pedro Américo, pelo qual o artista se comprometia a pintar, em três anos, um “quadro histórico comemorativo da proclamação da independência pelo príncipe regente D. Pedro nos campos do Ypiranga.” Antes de iniciar a pintura, o artista fez minuciosas pesquisas sobre o movimento da Independência, os trajes da época e outros detalhes. Ainda em 1886, mesmo ano em que assinou o contrato para a produção da obra, o artista realizou o estudo que se encontra no Palácio Itamaraty em Brasília. A obra de Pedro Américo tornou-se a principal referência para a representação da Independência do Brasil.
Mas, não é apenas a tela Independência ou Morte que ganha olhares deslumbrados. A Conversão de São Paulo a Caminho de Damasco é uma obra do pintor Almeida Júnior (1850-1899) de data desconhecida, mas sabe-se que foi produzida em período bem próximo de sua morte por assassinato em 1899. O quadro retrata a conversão de Paulo de Tarso descrita no Novo Testamento, cena que foi reproduzida por muitos artistas ao longo da história. A obra faz parte do acervo do Museu desde 1912 e já foi restaurada duas vezes desde então. Por suas grandes proporções (4,6m x 3,8m) é uma das obras que não puderam ser retiradas do prédio durante a reforma que ocorre atualmente. A peça encontra-se protegida no interior do edifício. O que aconteceu também com a tela de Pedro Américo.
Até o edifício-monumento do Museu do Ipiranga isolado em sua colina foi retratado. O responsável pela obra é o pintor fluminense Antônio Parreiras (1860-1937) que na maioria das vezes preferia retratar a natureza em suas obras. O quadro Paisagem do Campo do Ipiranga foi pintado em 1893 durante a primeira visita artística do pintor a São Paulo e retratava o edifício já estava pronto, mas ainda não tinha sido inaugurado (isso só ocorreu em 1895), o jardim ainda não existia e nem o Parque Independência.

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