O encontro acontece há 34 anos, mas é como se fosse a primeira vez. Um grupo aproximadamente 80 ex-alunos da Escola Estadual Professor Ataliba de Oliveira, conhecido como colégio Cepaco, tem um jeito diferente de comemorar o feriado do dia 1º de maio, muito churrasco, conversa jogada fora e claro, o famoso truco.
Este ano eles comemoraram o 35º encontro interruptos. Por volta das 10h, tudo já estava pronto a espera dos anfitriões da festa. O encontro conta com duas regras, a primeira é não ter horário para terminar e a segunda é proibido entrar mulher. O encontro atrai ex- alunos de diversos Estados e até outros Países. “Temos gente de vários lugares como Portugal, Rio Grande do Sul e até do Pará. É um momento que nos reunimos falamos de futebol, contamos piada, matamos a saudade da juventude e relembramos casos engraçados. Todo ano tem um fato diferente. O que nunca muda é eu sempre ganhar no truco”, brincou Roberto Fantin, um dos organizadores do evento.
O grupo formado apenas por homens estudou no colégio na década de 60, porém a ideia de se reunir começou em 1984 em uma quadra de futebol de salão, quando cerca de 20 ex-alunos se reuniram para uma partida. Depois de alguns anos, a partida de futebol foi trocada pelo jogo de palitinho que foi substituído pelo jogo de cartas. “No começo era futebol, mas o nosso físico não ajudou. Trocamos pelos palitinhos, mas cansava as pernas, então optamos pelas cartas que podemos jogar sentados, isso ainda podemos fazer”, brincou Fantin.
O encontro já está no calendário anual dos amigos, mas Roberto faz questão de um mês antes oficializar a reunião através de um comunicado enviado pelo correio em formato de cartas ou convocação. O importante é reencontrar velhos amigos. Até o churrasqueiro é o mesmo há 34 anos. “Somos bem tradicionais”, disse Fantin.
O encontro é maravilhoso, uma pena que o direito a ele não seja estendido as mulheres. Em pleno século XXI, ainda impera o machismo e a segregação sexual. Nós mulheres, ex alunas da escola, também gostaríamos de ter o direito a participar nos encontros.
Olá, estudei no Colégio Estadual Professor Ataliba de Oliveira de 1967 a 1974 e a escola era conhecida como CEPAO e não CEPACO, como o jornal noticiou.