Mortes por covid chegam a 458 na região
A região do Ipiranga soma 458 mortes provocadas pelo novo coronavírus, de acordo com o último boletim da Secretaria Municipal de Saúde. Somente no distrito do Sacomã foram 226 mortes até 18 de junho. No distrito Cursino foram 117 mortes e Ipiranga foram 115, totalizando 458 óbitos na região.
Os dados chegam junto com a notícia de uma pesquisa epidemiológica feita pela Prefeitura de São Paulo que estima que 1,16 milhão de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus na capital. A margem de erro do inquérito sorológico é de 1,7 pontos percentuais. Portanto, a taxa de prevalência do vírus Sars-Cov-2 na população paulistana está entre 8% e 11,4%.
A pesquisa mostra ainda a prevalência do vírus por região da cidade. A Zona Leste lidera, com 12,5% da população com anticorpos contra o coronavírus. Já a Zona Sul tem o menor índice, com 7,5% dos moradores positivos. Até 9 de junho, o distrito do Sacomã apresentou 4.905 casos confirmados, o Ipiranga 1.869 e a região do Cursino 2.033.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, em coletiva de imprensa da divulgação dos resultados, a partir destes dados é possível compreender a verdadeira letalidade da doença. “O inquérito sorológico nos apresenta o real cenário de letalidade na cidade. A taxa de prevalência que aponta 1,16 milhão de pessoas já infectadas mostra que a taxa de letalidade é de 0,5%, ou seja, 5 pessoas a cada mil infectados, o que também é um dado de enorme importância para a montagem a estrutura de saúde para os próximos passos do enfrentamento da pandemia aqui na cidade de São Paulo”, disse o secretário municipal.
Para ajudar no combate, foi inaugurado no dia 20 de maio em Heliópolis o quarto hospital de campanha para atendimento a casos de coronavírus. O serviço foi implantado no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Barradas e tem 200 leitos, incluindo 24 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Foram investidos R$ 30 milhões para custeio da unidade, divididos em 6 meses, e R$ 915 mil para adequação do espaço.
Informações divulgadas na primeira quinzena de junho pelo jornal O Estado de S. Paulo, que conversou com o médico Paulo Quintaes, superintendente do Serviço Social da Construção Civil (Seconci-SP), a organização social que faz a gestão do hospital de campanha de Heliópolis, revelou que a unidade estava com dificuldades para comprar insumos e medicamentos. Na entrevista, Quintaes afirmou que a ocupação iria aumentar.“Nos próximos 30 dias, vamos chegar certamente a um índice de 90% de ocupação, se não a totalidade. Estamos no pico da doença e vivemos uma abertura. As pessoas não aguentam mais ficar em casa, mas não é porque o comércio está aberto que você vai sair para fazer compras”, disse Quintaes ao jornal O Estado de S. Paulo.
Desde o dia 1º de junho, o Estado de São Paulo iniciou uma flexibilização da quarentena por meio do Plano São Paulo.
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