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Metropolitano F.C. ressurge com força total

O gigante do futebol de várzea nunca morreu, apenas ficou adormecido por um período. E, este ano ele está de volta para conquistar novamente o título de time mais ativo do bairro. Com 67 anos, o Metropolitano Futebol Clube acorda de um sono de 24 anos e corre atrás do tempo perdido e caminha para colocar a casa em ordem.

As histórias do time e os encontros entre os antigos jogadores reacendeu em Marcelo Rodolpho, ex-jogador do Metro, a vontade de colocar o nome do Metropolitano F. C. em alta novamente. Foi com esse pensamento que ele reuniu outros jogadores que tiveram passagem pelo time e trabalhou duro. Neste ano, o time voltou aos campos e já fez bonito no primeiro jogo realizado no CDC URCA, no dia 14 de julho, contra o time Vila Nova. Apesar de ficar mais de 2 décadas afastado dos gramados, o Metropolitano suou a camisa e levou a melhor com o placar de 2 a 1.

A vitória ficou ainda melhor porque o time era composto por atletas da primeira leva. “Consegui reunir os jogadores através das redes sociais e WhatsApp. Não foi fácil, mas conseguimos. A sensação foi de retroceder há 25 anos, mas de uma maneira mais prazerosa”, define Marcelo.

A volta foi comemorada com muita festa, mas Marcelo destaca que não foi fácil. “Além da idade, tivemos muita dificuldade em conseguir um campo para treinar. Surgiu a oportunidade de comprar a quadra na rua Gama Lobo, 1.475, não pensei duas vezes. Comprei o espaço e já comecei a sonhar com a bola rolando novamente”, diz entusiasmado Marcelo.

Os preparativos do retorno foram agitados. Mais de 120 camisetas do Metropolitano foram fabricadas e vendidas em um curto espaço de tempo. A festa de aniversário do Time foi em 8 de agosto de 2019.

A história do Metro veio na bagagem do atual presidente do comitê, LásaroMattenhauer. Prestes a completar 82 anos, no dia 29 de setembro, deste ano, Lasinho, como é carinhosamente conhecido no mundo da bola, é um dos fundadores do Metropolitano e história viva de toda trajetória do clube. Entre as principais vitórias do Metro, Lasinho lembra de um memorável jogo no Estádio do Morumbi, na década de 70, em que o Metropolitano entrou em campo contra o Ajax de Osasco, no jogo preliminar entre Corinthians e Palmeiras. E, claro que o Metro não fez feio e ganhou nos pênaltis. “Foi um jogo inesquecível, encomendamos uma camisa azul celeste para a ocasião. No término do jogo um comentarista destacou a atuação do time em campo, mas falou que o time do Ipiranga precisava trocar o uniforme desbotado. “Nunca mais usamos o uniforme”, conta o presidente aos risos.

Atualmente os encontros do time são às terças-feiras na quadra da Escola de Futebol Eurobarcelona,  na rua Gama Lobo, 1475.

 Do Ipiranga para o mundo

O Metropolitano F.C. se orgulha de ser a escola de muitos jogadores profissionais, entre eles, Ruy Gonçalves Ramos Sobrinho, ou apenas, Ruy Ramos, que foi naturalizado japonês. Ruy começou seus primeiros passos no futebol no Metro. Na sequência teve uma passagem vitoriosa pelo Black Power, antes de começar a sua carreira profissional em 1977, quando o futebol japonês ainda era disputado por clubes de empresas. “O Ruy foi descoberto no Metropolitano. Era um ótimo jogador, e provou isso fora do país”, afirmou Lasinho.

Outro destaque do time foi o jogador Roger Guerreiro (foto). Revelado pelo Metropolitano, o ex-lateral-esquerdo no ano de 2000 foi para o São Caetano saindo da Série B para disputar a final do Campeonato Brasileiro frente ao Vasco da Gama. Em 2002, transferiu-se para o Corinthians, mas sua passagem pelo Parque São Jorge ficaria marcada pela expulsão contra o River Plate, na Libertadores de 2003. O jogador não largou sua raiz, e o Metro ainda conta com Roger como amuleto da sorte.

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