Veículo está abandonado há mais de um ano na rua do Manifesto

Um Fiat Uno, com placa de Santo André, está abandonado em frente ao número 198 da rua do Manifesto desde março do ano passado. O veículo ficou em péssimas condições depois da enchente que atingiu a região do Ipiranga em março de 2019.

O rio Tamanduateí transbordou e invadiu as ruas da região, levando carros e destruindo garagens de prédios. Os veículos que estavam estacionados nas ruas do entorno da baixada d’égua ficaram quase que encobertos e o estrago causado pela enchente pode ser visto até hoje. Um prova é este carro que está parado em frente a um condomínio desde então.

Mais de um ano se passou e somente nesta terça-feira (2), a Subprefeitura do Ipiranga colou uma notificação no vidro do automóvel, avisando o proprietário que o veículo deve ser retirado em cinco dias. Caso contrário, será considerado abandono.

Não é a primeira vez que a rua do Manifesto é usada como cemitério de carros inutilizados. Em junho do ano passado, dois carros velhos, que estavam na via há muito tempo, também foram notificados.

Em 2018, o Ipiranga foi o bairro da capital com o maior número de apreensões de veículos abandonados. Foram mais de 1.400 remoções feitas no bairro.

A Prefeitura informou no final de maio que ampliou as ações de remoção de veículos abandonados nas vias públicas. O problema é que o trabalho é realizado em toda a cidade, com apenas cinco guinchos, que não dão conta da demanda.

Se o veículo já não tem serventia, ele não pode ficar estacionado eternamente na via, pois a rua é um espaço público e não pode ser usada como garagem permanente. É preciso dar baixa no veículo, o que deve ser feito no Detran, ou também é possível vendê-lo a um desmonte.

O abandono de veículos em vias públicas prevê sanções, de acordo com a Lei de Limpeza Urbana, que fixa multa no valor R$ 16.003,53. Além disso, o responsável que pretenda, depois da remoção reaver o veículo, deve arcar com os custos de guincho, variáveis conforme o tipo do automóvel e a distância entre o pátio e a Subprefeitura, além de pagar pelo equipamento utilizado para o procedimento e pelo trabalho da equipe. O proprietário também paga pela estadia do veículo no pátio. Decorridos 90 dias da data da remoção sem que providencie a retirada, o bem é levado a leilão, a ser realizado pela Subprefeitura competente. 

A Secretaria Municipal das Subprefeituras informa que não realiza as remoções no período noturno. O serviço é realizado apenas em horário comercial, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. A população também pode usar o telefone 156 para denunciar a existência desses carros abandonados.