Caramujos africanos invadem casas na rua Moreira de Godói

Todo começo de ano Joana da Silva, moradora da rua Moreira de Godói, recebe visitantes indesejáveis. Aglomerados em árvores e por toda extensão das paredes, caramujos africanos colocam os moradores em estado de alerta. Caminhar pelo local por segundos é o suficiente para se deparar com vários da espécie.
Na sexta-feira (10) um biólogo voluntário sem vínculo com a Prefeitura foi até o local e recolheu alguns caramujos. No final da ação foram precisos três sacos grandes de lixo para colocar os cerca de 900 caramujos retirados do local. Três dias depois, na segunda-feira (13) já era possível ver as espécies nos muros das casas. “A situação é insustentável. Todo começo de ano é essa briga. Não sei mais o que fazer”, afirmou Joana.
Para complicar ainda mais a situação, os moradores não recebem respaldo da subprefeitura para solucionar o problema. “Fui na subprefeitura Ipiranga e fiquei cerca de 40 minutos com o atendente na frente de um computador para no final ser informada que tinha que entrar em contato através do 156. Não foi diferente, mais 40 minutos e pediram para ligar na zoonose. Para meu espanto, a zoonose disse que não tem um método para acabar com os caramujos africanos”, informou a moradora.
Quando chove, segundo outros moradores, é o período que os moluscos costumam aparecer em maior número, o que não há como controlar, visto que se proliferam muito rápido, basta observar a grande quantidade de ovos deixados nos tijolos de um terreno no final da rua. “A gente põe sal, chama voluntários, mas não adianta, a gente mata 20 e chegam 30, isso preocupa até a nossa saúde”, afirma a moradora.
A situação fica mais caótica porque ao encostar na espécie, a pessoa pode contrair doenças graves, como a meningite. Mas se não bastasse os caramujos, os pernilongos também estão dominando a área.
É impossível permanecer mais de 5 minutos no local sem uma picada de ‘boas vindas’. “Nem o repelente vence a quantidade de pernilongos que existe aqui. Falta manutenção no terreno”, explica Joana.