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Após 1 ano do desabamento de muro prédio na Aclimação segue interditado

Não vai haver bolo nem “parabéns a você”, mas na quarta-feira (7) completou um ano que dois prédios na Vila Mariana foram interditados pela Defesa Civil. Desde então, 120 famílias que residiam nos edifícios Norma e Hernani, ambos na rua Doutor Nicolau de Sousa Queirós vivem o drama de não ter onde morar ou de se abrigar em casa de parentes ou amigos.
O drama dos moradores começou na manhã de 7 de agosto de 2018, quando o muro do edifício Norma cedeu e os escombros invadiram dois pavimentos subterrâneos do prédio de 11 andares. A passarela também desabou e o piso da garagem ruiu. O desabamento comprometeu a estrutura do edifício vizinho, o Hernani, e ambos acabaram interditados.
A subprefeitura Vila Mariana informou por meio de nota que os dois condomínios foram interditados, após constatação de instabilidade nas edificações, decorrente de um deslizamento que afetou a estrutura dos prédios e causou o desabamento da passarela de acesso. O comunicado acrescenta que “os condomínios foram intimados a regularizar a situação”, e deixa claro: “a liberação só vai ocorrer após o atendimento da intimação da subprefeitura e da vistoria eu deve ser realizada no condomínio”.
A causa da queda do muro e da passarela, segundo a subprefeitura, foi provocada pelo aguaceiro. Diz o texto que, “em relação à vistoria da Defesa Civil, à época, as interdições foram definidas devido à danificação nas estruturas em consequência de fortes chuvas, já que a construção está abaixo do nível do solo”. A responsabilidade pelas obras de recuperação dos edifícios é dos dois condomínios.
Máquinas e operários operam em frente aos edifícios Norma e Hernani, mas os trabalhos parecem longe do fim. A via foi interditada, por determinação da Defesa Civil, dificultando o trânsito de quem reside nas imediações. Donos de apartamentos em ambos os condomínios interditados estão morando em prédios vizinhos, como é o caso do aposentado de prenome Jairo. Ele aparenta 70 anos e paga cerca de R$ 2.5 mil de aluguel no edifício Edgar, que fica no número 879 da rua Doutor Nicolau de Sousa Queirós. Traumatizados com a situação em que se encontram, ele e a mulher deixaram de dar entrevistas.
Morador em um condomínio próximo, o auxiliar de enfermagem Jéferson dos Reis Inácio acompanha desde o início o sofrimento daqueles que perderam o local em que residiam. “Muitos continuam por aqui, pagando aluguel ou morando de favor, e não é raro vê-los em frente à faixa de isolamento, olhando o trabalho dos operários”, ele conta. “Eu fico com o coração apertado com a dor dessas pessoas”, desabafa Inácio.

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6 Comentários

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