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Adiamento do desfile agrada Imperador. Barroca discorda

Uma semana após a decisão das prefeituras de São Paulo e do Rio de Janeiro anunciarem o adiamento dos desfiles de carnaval para abril, a decisão ainda gera muita polêmica. Nas redes sociais, as opiniões divergem. Algumas pessoas são a favor da mudança, outras contra e há até quem diga que o desfile das escolas de samba não acontecerá em 2022.
As escolas de samba da região divergem quando questionadas sobre a mudança. De acordo com a decisão das prefeituras, o desfile será realizado em São Paulo em quatro datas distintas. No dia 16 de abril, estão marcados os desfiles do Grupo de Acesso II. Cinco dias depois, vão passar pela passarela as escolas do Grupo de Acesso I. Já os desfiles do Grupo Especial serão nos dias 22 e 23 de abril.
A decisão agradou ao presidente da Imperador do Ipiranga. A tradicional agremiação da Vila Carioca aprovou a mudança da data de desfiles. Participante do Grupo de Acesso II, a escola entrará no sambódromo do Anhembi no dia 16.
“Para nós foi bom. Normalmente, desfilamos com pouco público, já que nos desfiles dos Grupos de Acesso de São Paulo, boa parte das pessoas está viajando. Agora, temos a possibilidade de desfilar com maior público”, ressalta o presidente José Luiz Sotero dos Santos.
De acordo com o dirigente, os trabalhos de barracão, como alegoria e fantasias, estavam dentro do prazo caso o desfile fosse realizado em fevereiro. “Estava tudo de acordo com o nosso cronograma. Se fosse para desfilarmos agora, estaríamos prontos. Faltavam alguns pequenos detalhes, mas tudo ficou bem adiantado”, destacou.
Única escola de samba da região no Grupo Especial de São Paulo, a Barroca Zona Sul lamentou a alteração da data. Para o presidente da agremiação verde e rosa, Ewerton Cebolinha, a mudança prejudicou a entidade, já que com a prorrogação dos trabalhos por mais dois meses, os custos da escola devem aumentar.
“Para a Barroca não foi bom, já estávamos prontos para o desfile. E agora, com a mudança, teremos que arcar com mais dois meses de contas para pagar, que não estavam previstos. As contas estão apertadas. Temos o mesmo recursos a dois anos e meio, e nesse período subiu o preço de tudo. Tem material que o valor triplicou e precisamos pagar com a mesma verba”, lamentou.
Mesmo com as dificuldades, o presidente acredita que a comunidade vai manter o embalo para o carnaval. “Os componentes estão confiantes. Estávamos ensaiando normalmente e com tudo pronto. Vamos seguir cumprindo os protocolos governamentais, nos adaptarmos e resolver os problemas para que possamos fazer um grande desfile em abril”, disse o dirigente.

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