Leitura

Subterrâneo

Sociedades problemáticas e conflituosas, destruição do meio ambiente, relações humanas conturbadas: é desta maneira que a distopia, gênero literário cada vez mais popular entre os adolescentes, prevê o futuro do planeta. Este estilo, que nasceu no pós-guerra e num período de descrédito em relação à humanidade, volta com toda força, desta vez impulsionado pelo cinema e por obras, como “Jogos Vorazes” e “Divergente”. Nesta onda de livros distópicos surgem narrativas nacionais que também incluem no universo literário juvenil questões políticas e sociais sensíveis, como a série distópica “Subterrâneo”, da escritora e médica paulista Anne C. Beker. A trilogia chega ao segundo volume, “Revelação”, e continua a história da protagonista Carolina com críticas à política, imposição de deveres, opressão da liberdade e manipulação do poder. No primeiro livro, “Ascensão”, a civilização foi forçada a viver no subsolo, pois o ar tóxico causado pela poluição tornou a superfície inabitável. A adolescente contesta as injustiças sociais em uma trama cheia de intrigas, traições e jogos de poder. Nesta continuação, Carol retorna e descobre que a Terra voltou a ser um lugar habitável e que as pessoas que ali chegaram criaram uma comunidade mais acolhedora e tolerante. Porém o desfecho da história só se dará no terceiro livro, “Revolução”, previsto para 2023, que seguirá com a crítica à sociedade atual e mostrará os rumos que a humanidade está inclinada a tomar caso nada seja feito para melhorar questões relacionadas ao controle pelo poder, justiça social e, sobretudo, a destruição do meio ambiente. O livro tem 256 páginas.

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