Que venha 2018!
O balanço do ano que termina merece profundas reflexões. 2017 ficará marcado como o ano em que grandes empresários e nomes da política tiveram sérios problemas com a Justiça. Agora que a “poeira abaixou” fica mais fácil avaliar o que se passou no Brasil. E a lição que fica é que ninguém está acima da lei.
Com relação à Lava Jato, a prisão de nomes tão importantes na história recente do País mostra que nem tudo acaba em pizza no Brasil. Pouco importa o grau de influência dos réus, eles já começaram a ir para a cadeia pagar a dívida que têm com a sociedade. Ou seja, o Brasil começa a se descolar da imagem de um país onde a impunidade parecia ser uma doença sem cura.
A Polícia Federal prendeu políticos, executivos, diretores e presidentes das maiores construtoras do País, acusados de corrupção em obras da Petrobras. Nunca se imaginou que tanta gente tão importante iria para trás das grades.
A corrupção é o principal mal do Brasil, não importa se é de bilhões de reais ou de centavos. Mas hoje os corruptos já passaram a pensar duas vezes antes de praticar qualquer ato ilícito. Mesmo que lentamente, começou a acabar a impunidade no Brasil. Essas são principais lições de 2017 e que em 2018 o Brasil consiga superar as dificuldades.
No campo político, a disputa eleitoral de 2018 já começou a esquentar. Peças importantes deram os primeiros passos, como Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal Jair Bolsonaro e o governador Geraldo Alckmin. Movimentações desse tipo podem ser decisivas no próximo ano, mesmo que não esteja descartada a possibilidade de reeleição do presidente Michel Temer (PMDB).
Temer chegou ao poder graças a união de partidos insatisfeitos com Dilma Rousseff, principalmente com o modo como ela se relacionava com os parlamentares. Agora, Temer precisa do apoio desses para aprovar projetos do ajuste fiscal, corte de gastos e a reforma da Previdência. Mas está com sérias dificuldades.
Na área econômica, tivemos um ano de estagnação, mas a expectativa é de um 2018 melhor, com retomada do crescimento. Muito se deve ao fato de a inflação ter sido contida, assim como a taxa de juros.
Os governantes também precisam cortar a própria carne. Muitos são os casos de gabinetes de políticos inchados, cheios de assessores desnecessários. A gestão pública precisa mirar o exemplo da iniciativa privada. Cargos e prêmios têm de ser distribuídos por meritocracia, e não por favores políticos.
Historicamente, costuma-se dizer que o ano só começa pra valer depois do Carnaval. Esperar mais dois meses para “destravar” o País pode ser extremamente prejudicial e tornar o quadro atual ainda mais complicado de ser revertido. A esperança de milhões de brasileiros é que 2017 termine bem e que o próximo ano seja de recuperação política e econômica do Brasil. Que venha 2018!