Nesta quarta-feira (22) é celebrado na fé católica o dia de Santa Rita de Cássia e a Paróquia destinada à Santa de Mirandópolis está realizando uma grande festa, que começou no sábado (18) e acontecerá até domingo (26) para homenagear a Santa. Esse está sendo o 64º festejo da igreja.
Milhares de devotos compareceram aos festejos desde o fim de semana e principalmente na data em que é celebrado o dia da Padroeira das Causas Impossíveis. Elenilda Miriam Meneghetti Tiusso, 72 anos, traz consigo desde sua mãe a devoção por Santa Rita de Cássia e anualmente participa da festa.
“A minha mãe já era devota. Quando eu me casei, há 54 anos atrás, eu fiz o meu buque de rosas e minha mãe trouxe meu buque nas mãos de Santa Rita de Cássia no outro dia e deixou nas mãos dela, então, desde mocinha, todo ano, no dia de Santa Rita, eu venho”, contou Miriam.
“É uma beleza. A festa é uma beleza. Eu adoro a festa. Sempre que possível eu acompanho a Missa”, afirmou a senhora, que mesmo quando não está em São Paulo, procura uma Paróquia de Santa Rita de Cássia no dia 22 de maio para poder “agradecer” por tudo o que a santa faz por sua família.
João Carlos Tiusso, 77 anos, é marido de Elenilda, também de família católica e anualmente acompanha a esposa na festança. “Eu comecei a vir com a minha esposa e sempre, todo ano eu acompanho e acho excelente. Somos católicos, estudei em Colégio de Freira, então, frequentemente, a gente vem prestigiar a festa de Santa Rita”, destacou.
Como tradicionalmente acontece, durante os festejos Missas foram celebradas o dia inteiro, com maiores proporções no acontecimento das 15h, que recebeu maior número de fiéis e caravanas durante o dia inteiro. O bolo de Santa Rita de Cássia era abençoado a cada Missa, depois cortado e vendido ao público.
“Eu estou aqui na Paróquia Santa Rita de Cássia há doze anos. Atualmente atuo como coordenador da liturgia dos ministros e sempre colaborando em todas as frentes possíveis da Paróquia com muito orgulho de poder estar prestando esse serviço à Deus e pela intercessão de Santa Rita de Cássia que é a nossa grande devoção, dessa Santa das causas impossíveis, difíceis, então nós fazemos isso há anos participando dessa festa com toda a alegria e esperando que as pessoas que vem aqui sejam sempre bem acolhidas”, contou Edevaldo Alves, coordenador da Liturgia na Paróquia.
Claudio Ayabe é professor de Direito Penal na PUC e ajuda a Paróquia Santa Rita há mais de 10 anos. “Essa festa, esse ano, completa 64 anos de existência. A primeira festa foi em 22 de maio de 1960 e todos os anos eu ajudo”, afirmou. “A festa mesmo começa hoje, que é o dia de Santa Rita Nós estamos com uma expectativa muito grande de hoje e também do próximo final de semana”, concluiu.
Ele contou ainda que, as bebidas arrecadas para a festa foram adquiridas a partir de duas palestras realizadas pela Paróquia. A primeira com o presidente do hospital da UNESP, Dr. Elson Asevedo, através da qual os refrigerantes foram adquiridos; e a segunda com o próprio Claudio, onde foram conquistadas as cervejas.
As famosas barracas de bebidas, espetinhos, pastel, cachorro quente, doces, artigos religiosos e o famoso sanduiche de linguiça de Santa Rita de Cássia não poderiam faltar e foram montadas na praça que leva o nome da Santa e fica em frente à Paróquia.
“Sempre frequentei [a Paróquia de Santa Rita], já recebemos muitas graças da Santa Rita de Cássia, então, ela é milagrosa, é só pedir com fé que a gente consegue a graça de Santa Rita”, frisou Eunice de Almeida Coelho, 72 anos, que participa das comemorações há três anos e em 2024, ficou responsável pelos pãezinhos que fazem parte do lanche de linguiça.
“Tem sido ótimo. Toda saída de Missa tem um pessoal que vem para missa e vem para comer, então, é sucesso garantido. Pode por dez dias de festa, dez dias garantidos”, disse ainda.
Conforme apurou a reportagem, 7 mil pães, além de 1.300 kg de linguiça são utilizados por festa, produzindo em torno de 10 mil lanches. Sergio Soares, 63 anos, que frequenta a igreja há 30 anos, foi o responsável pelos produtos neste ano.
“Trabalho, hoje, na barraca da linguiça, que hoje, a gente assa em torno de 1.300 kg por festa, que dá por volta de 9 mil, 10 mil lanches, contando os que a gente distribui gratuitamente. Estamos aí até hoje batalhando na festa”, expressou Soares.
“Está muito, muito bom. Todos os dias 22, não importa se cai no meio da semana, se cai no final de semana, é sempre assim. Nós recebemos caravanas. São pessoas que vem de longe para reverenciar Santa Rita de Cássia, uma Santa muito especial”, destacou Maria da Penha Cruz, coordenadora na Paróquia.
Na saída das missas, chaveiros de Santa Rita com a oração da Santa estavam sendo vendidos. Aproximadamente 1.500 foram produzidos por pessoas da terceira idade que fazem parte da Igreja e são comandadas por Harumi, de 77 anos.
“Eu estou há vinte anos aqui na Igreja, uns dez trabalhando com a melhor idade, que é a terceira idade, e elas estão tão felizes que estão fazendo esse trabalho. Nós fizemos e elas vendem. São 1.500 chaveirinhos e elas vendem tudo”, apontou.
Rita de Cássia de Almeida Alves é prima de Elenilda e trabalhou nos festejos pela primeira vez neste ano. “É muito gratificante mesmo poder doar um tempo, ajudar na festa à Santa Rita”, contou ela, que com três anos estava “para morrer” e sob a intercessão de Santa Rita foi curada após promessa de sua mãe feita para a Santa.
A Paróquia de Santa Rita fica na Praça Santa Rita de Cássia, 133 e a festa deste final de semana acontecerá no sábado (25) e domingo (26), com início programado para 11h e 9h, respectivamente.
