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Após a reportagem sobre o drama da idosa com os galhos de uma árvore que estão invadindo sua residência na General Lecor, outras denúncias a respeito de espécies malcuidadas ou que estão colocando em risco a vida das pessoas foram proferidas. Um dos casos apurados, refere-se a uma árvore na Rua Campante, altura do número 750, da qual as raízes estão danificando a calçada.
No local, o desnível do solo, rachado e quebrado beirando a espécie é facilmente visto por quem passa. Comerciantes e moradores vizinhos, inclusive, relatam inúmeros casos em que pedestres tropeçaram e tiveram dificuldades para trafegar no local por conta da situação.
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Andréa Oliveira Bernardo, 49 anos, locou um galpão no local em 2017 e desde então relata problemas com a calçada. “Já vimos vários senhores e senhoras passando aqui e tropeçando no local”, afirmou.
Segundo ela, cobranças pedindo soluções para o problema já foram realizadas na Subprefeitura, mas sem solução ou resposta efetiva. Andréa conta, ainda, que já tentou concertar o calçamento por conta própria, mas viu que não seria possível por conta da própria árvore, que é antiga.
“Infelizmente eles não vieram tomar nenhuma providência”, destacou ela, sobre a falta de atenção das autoridades. “Nós não podemos arrumar a calçada porque a árvore tem alguns galhos que interferem nesse concerto e a gente precisa que ela seja retirada”, frisou ainda, Oliveira.
“Até agora nós não tivemos nenhuma solução. Nenhuma resposta da Subprefeitura”, voltou a enfatizar a moça. “Ela [a árvore] precisa ser removida, para que a gente concerte essa calçada”, disse ainda.
O Subprefeito do Ipiranga, Decio Oda, responsável pela região, deve avaliar a situação do local para poder tomar as devidas providências, conforme apuração da redação.
Mas o problema é facilmente visto em outras diversas localidades do bairro, em maiores ou menores proporções, mas com raízes que danificam os calçamentos, atingindo, inclusive, tubulações de água e gás, colocando em risco a vida dos munícipes e dos pedestres.
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Uma espécie na Rua Clemente Pereira, altura do180, acarretou os mesmos transtornos na calçada, criando altos desníveis e rachaduras. Luis Carlos, 75 anos, proprietário de um imóvel vizinho está incomodado com a situação e assim como Andréa, já realizou reclamações à Subprefeitura, mas sem retorno efetivo.
“Veio gente, disse que não tem problema. Que a árvore não tem nada. Como não tem nada, se ela está arrebentando tudo [a calçada]?”, afirmou Luis, em tom de inconformismo.
“Eu vou tentar de novo ir lá [na Subprefeitura ou 156], para a gente ver se consegue que eles venham arrancar a árvore”, destacou ainda, salientando que sua intenção não é deixar o local sem árvore, mas com outra de porte menor e “mais moderna”.
“A gente não quer deixar sem árvore, só que eu quero que eles cortem e arranquem a raiz, porque aí eu vou por uma árvore de porte menor e para plantar agora é diferente. Você põe um tubo, uns 5m, ela [árvore] não faz isso aqui mais [os transtornos causados pelas raízes]”, disse.
“Atrapalha. E os pedestres que passam aqui podem cair. Pode cair pessoa de idade. A gente não pode fazer milagre. Você tem que pedir para eles [poder público] arrancarem”, concluiu.