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Projeto Vizinhança Solidária será prioridade no Conseg Ipiranga

Reeleito para mais dois anos à frente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Ipiranga, Celso Henriques quer dinamizar ainda mais o órgão. Um dos pilares da gestão é o programa Vizinhança Solidária, que deverá ser ampliado. “Nós temos atualmente quatro grupos do Vigilância Solidária, mas é meu pensamento implantá-lo em todo o bairro. Vou montar mais quatro grupos, para reforçar esse projeto, que na Secretaria de Segurança é considerado um dos melhores de São Paulo e também é bem visto por toda a comunidade”, diz Celso.
A eleição de Celso foi por aclamação (a chapa de oposição foi impedida de concorrer, por não estar de acordo com as exigências da lei) e a nova diretoria terá os habituais cinco integrantes. Mas o presidente antecipa que vai nomear seis diretores para as áreas de Saúde, Educação, Meio Ambiente, Mobilidade Urbana, Acessibilidade e Esportes. “Eu vou trazer para o Conseg apenas pessoas conhecedoras das áreas em que irão atuar. Eles irão fiscalizar tudo”, promete.
Ele adianta também que vai firmar parcerias com a OAB-Ipiranga, com a Associação Comercial e pedir mais apoio à subprefeitura. “A sub pode fazer bem mais do que vem fazendo. Quando um munícipe leva ao Conseg uma demanda, não é para o representante da subprefeitura dizer à pessoa o órgão que deve procurar. Ele (o representante) deve anotar a reclamação e levá-la ao subprefeito”, orienta o presidente.
Celso revela que vai fazer uma reunião extraordinária com os membros da diretoria do Conseg, no início de julho, para formular os planos de ação para o Ipiranga. “O bairro está abandonado, tanto na segurança pública quanto no setor de obras, debenfeitorias”, ele avalia. “Eu já enviei ofícios ao secretário de segurança e ao governador, pedindo reforço do policiamento. Precisamos de 60 policiais militares, pois no estacionamento da 2ª Cia do 46º BPM/M há inúmeras viaturas, mas não há quem as dirija. Precisamos também da volta do Polícia Delegada e do programa de serviços extraordinários dos Pms, ou seja, que permite a eles fazer bico nos horários de folga”, comenta.
Apesar de pedir reforço do policiamento, o presidente do Conseg diz que os crimes que ocorrem na região “são pontuais”. Admite, porém, que o Ipiranga ainda sofre com os roubos e furtos de autos. “Desde o temporal de março, um dos locais preferidos dos ladrões é a Ilha do Sapo, como é conhecida a região próxima ao Clube Atlético Ypiranga”, ele localiza. As reuniões do Conseg são feitas na última terça-feira do mês, no auditório da Escola Estadual Visconde de Itaúna, na rua Silva Bueno, 1.412. O local tem capacidade para 400 espectadores, mas, como a freqüência média de público varia de 40 a 60 pessoas, deixa a impressão de que o salão está vazio. Celso tenciona mudar o local dos encontros.

17º Distrito Policial fica aberto 24 horas

O delegado Eduardo Camargo Lima, titular do 17º DP, e o capitão Paulo Henrique Santini Bisterso, comandante da 2ª Cia do 46º 46º BPM/M, são membros natos do Conseg Ipiranga e têm uma das atribuições mais importantes do órgão de segurança: cabe a eles dar andamento às demandas da área policial levadas pelos munícipes presentes às reuniões. Eles realizam as investigações e efetuam as prisões dos bandidos que aterrorizam os moradores do bairro.
O ranking dos índices criminais divulgados periodicamente pela Secretaria de Segurança Pública coloca o Ipiranga entre os bairros preferidos dos ladrões de carro e de residência, mas os números não preocupam o delegado Lima. “Os índices do Ipiranga estão bem baixos perto dos níveis estatísticos de outros bairros”, ele compara. “Os furtos de carros incomodam, mas eles são conseqüência dos longos períodos em que os veículos ficam na rua”, explica.
O titular do 17º DP diz que vem realizando diversas operações, em parceria com a PM, no sentido de reduzir os roubos furtos de auto. “Os policiais militares acabam de prender um dos responsáveis por grande parte dos roubos de carro aqui na região”, ele comentou, na quarta-feira (12). Referia-se ao ladrão que mora em Santo André, no ABC, e age no Ipiranga e bairros no entorno.
O capitão Bisterso concorda que os índices de furto de automóveis estão altos, mas faz uma ressalva: “As outras modalidades de crime estão baixas, graças ao trabalho desenvolvido pela 2ª Cia”, ele observa. A companhia foi eleita recentemente pela Secretaria de Segurança Pública a segunda melhor do Estado de São Paulo . Ela conta atualmente com 123 homens, mas o número ideal para cobrir toda a região seria 200. O 17º DP também enfrenta problema de contingente. O quadro de policiais é menor do que o necessário para atender as ocorrências. O distrito fica aberto 24 horas (para surpresa de muitos ipiranguistas, que já encontraram a porta fechada), mas faltam delegados para assumir o plantões da noite/madrugada.

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