Popó sofre AVC, mas continua firme vendendo água de coco

Há vinte dias, Wilson Dantas de Andrade, popularmente conhecido pelos ipiranguistas como Popó, estava trabalhando com sua tradicional venda de água de coco e refrigerantes em frente ao Parque da Independência, quando – após acusar dores – sentiu sua perna adormecer.

Sem poder se locomover direito, pediu ajuda para uma funcionária do Parque que o levou para o Hospital Ipiranga.

Após a realização de exames, foi constatado que Popó havia sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral). É o segundo que ele sofre. Desta vez, Wilson ficou internado por seis dias, no próprio Hospital Ipiranga, entre UTI e leito.

Após acerto com os medicamentos, ele se recuperou e foi liberado.

Com uns dias de atestado médico para dar continuidade ao tratamento, Wilson Dantas passou uns dias afastado do seu trabalho, mas o que ele queria mesmo era voltar a ver seus amigos e vender seus produtos. Isso aconteceu no último sábado (18), quando ele pode finalmente voltar ao seu “posto”.

“Eu não tenho muita força na mão direita, por exemplo, tive um segundo AVC, foi complicado, mas trabalhar com o público é muito bom e estar de volta no meu lugar de trabalho é melhor ainda. Estou muito feliz e grato a Deus por ter ficado bem – o médico acertou o remédio – e por poder voltar”, ressaltou, emocionado, o Popó.

Mas, como muitos dizem, “quando acontece algo ruim, acontece tudo junto”, ao se recuperar do baque e dos problemas de saúde que o AVC ocasionou, Popó foi novamente pego de surpresa, desta vez, com uma carta avisando que a residência onde mora de aluguel com seu cachorro, Marrone, – na Rua Lins de Castro, 150 – será vendida, assim como as propriedades vizinhas, para uma construtora.

Assim, Popó terá cinco meses para deixar sua moradia. Sem ter para onde ir, nem condições de locomoção ou para pagar outros alugueis, ele está triste e sem saber o que fazer. “Eu fico triste, pois estou com esse problema de doença. Foi muito recente. Eu não tenho condições de mudar assim de repente, mudar os móveis, me locomover. Além disso, não tenho dinheiro para pagar outro aluguel, ficar em outro lugar”, disse ele.

Segundo apuração da equipe de reportagem do Jornal Ipiranga News, moradores do bairro estão se unindo à profissionais – como policiais militares e seguranças – que mantém contato com Popó para juntarem dinheiro e ajudarem o comerciante em sua mudança.