Revogado em 2019 pelo então presidente, Jair Bolsonaro, o horário de verão poderá “voltar à ativa’, uma vez que, o governo federal estuda uma possível retomada para ajudar na economia de energia. O tema, porém, não foi definido até o momento.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico foi quem recomendou a retomada, cujo assunto foi o principal abordado em reunião extraordinária na sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico, no Rio, que contou com a participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira e representantes do comitê.
A retomada da medida nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul poderá ampliar a capacidade de atendimento para os consumidores, principalmente entre 18h e 21h, além de gerar uma economia de R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro, conforme o próprio ONS.
O operador explica que, ao adiantar os relógios, o país poderá tirar mais proveito da energia solar, limpa e mais barata, que deixa de abastecer o sistema durante a noite. A fonte representa 20% da matriz energética do país.
Agora, a proposta deve ser discutida entre o ministro Alexandre, outros ministérios, vários setores da economia e com o Poder Judiciário. A decisão final cabe ao presidente Lula.
Caso seja aprovada, a decisão passará a valer apenas após o segundo turno eleições para prefeito, em 27 de outubro. O alerta foi feito pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o qual frisou que se a mudança ocorrer no período eleitoral, pode prejudicar a votação.
Além disso, o ministro de energias parece não estar convencido e busca outros instrumentos. Se aprovada, Silveira afirmou ainda que haverá “tempo para que os setores possam se adaptar, porque mexe com a vida de todos os brasileiros”.
O setor de bares e restaurantes vê com bons olhos a adoção do horário de verão, mas companhias aéreas, por exemplo, poderão ter problemas caso haja alguma reprogramação, principalmente, de voos internacionais.