Mais de 40 mil pessoas que usam o Expresso Tiradentes diariamente vão continuar, até agosto, sofrendo com o atraso do sistema em função das obras da pista na estação Dom Pedro. Desde o dia 17 de fevereiro, quem costuma a pegar ônibus no Expresso Tiradentes está passando por verdadeiros desafios, uma vez que, por conta de obras de recuperação da pista, as linhas tiveram que ser desviadas, atrasando e atrapalhando quem necessita delas para se locomover na cidade.
Até a conclusão da obra na estação D. Pedro estará fechada num trecho de mais de 200 metros da via. Isso além de causar atraso no percurso, tem abrigado os passageiros que descem ou embarcam na estação, caminham pela avenida no Estado sem qualquer segurança. Além disso, o ponto onde os veículos estão parando está ocupado pelas dezenas de barracas de moradores de rua, alguns oriundos da cracolândia, e a abordagem às pessoas são constantes, com o pedido de dinheiro e até mesmo ameaças. Em dias de chuva e época de frio, a situação é pior, pois não foi providenciado abrigo para os passageiros o que tem provado muita reclamação da situação.
E os transtornos devem acontecer até agosto, isso porque não existe projeto para se alterar a situação, pois de acordo com informações da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), a previsão de finalização dos trabalhos está estipulada para o mês em questão, sem qualquer proposta para evitar tanto transtorno.
“Frequento a Igreja [evangélica localizada na Av. do Estado] e deixei de vir à noite por conta das obras que obrigaram a gente a fazer esse trajeto”, contou Antonia Paulino, sobre o transtorno de não poder utilizar o fura-fila por conta das obras. “Eu fico triste com isso, porque agora não posso vir. É meio deserto e às vezes venho sozinha”, completou.
Já Cristina Ferreira tem 69 anos, moradora do Ipiranga, utiliza o Expresso Tiradentes para ir à casa de sua filha. Para ela, com o início das obras, a praticidade, principalmente para os idosos, foi prejudicada. “Tudo se tornou mais difícil. Lá [no fura-fila] na estação era mais fácil, principalmente para as pessoas de idade. Aqui fica mais difícil, pois tem que atravessar a rua”, expressou.
Ainda de acordo com a Secretaria, uma nova parede de contenção entre a via e o Rio Tamanduateí, está em fase de construção, garantindo assim a estabilidade do solo. Também está em andamento a adequação do terreno para futura implantação da nova via.
Em nota ao Jornal Ipiranga News, a Siurb informou que “empenha todos os esforços para devolver a estrutura aos passageiros na maior brevidade possível, e com total segurança”, mas não anunciou qualquer iniciativa para proteger os passageiros da chuva.
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