Nossa Opinião

Ninguém está imune à covid-19  

João Doria (PSDB) é o 11º governador a testar positivo para o novo coronavírus. Como tem 62 anos de idade, ele faz parte do grupo de risco para a doença.

Ninguém está imune à covid-19. Prova disso é que ela atinge todas as camadas sociais e regiões. O que chama atenção é que Doria foi detectado com o novo coronavírus um dia depois de o Estado de São Paulo registrar o segundo maior número de mortes por covid-19 desde o início da pandemia, com 420 novos óbitos. O total de mortos no Estado chegou a 25.869. Cinco meses após o registro da primeira morte, o Estado de São Paulo representa um quarto do total de vítimas do País.

Doria se tornou um dos principais opositores do presidente Jair Bolsonaro, que também testou positivo para o novo coronavírus. O vírus não é político, muito pelo contrário.

É fundamental que todos fiquem em casa e se protejam. É mais do que necessário seguir os protocolos da saúde. Somente no Estado de São Paulo tem morrido, em média, mais de 250 pessoas todas os dias. Essa estabilidade de mortes em um valor tão alto preocupa especialistas. As quedas registradas até agora foram pequenas, dentro da margem de variação considerada por especialistas como estabilidade.

Para conseguir baixar essa curva é preciso aumentar a testagem da população e monitorar as pessoas contaminadas. Enquanto as autoridades não conseguirem fazer um rastreamento adequado do coronavírus, infelizmente, vamos continuar convivendo com centenas de mortes diariamente.

À espera da criação de uma vacina, não há outra maneira comprovadamente eficaz de prevenção contra a covid-19 que não seja o isolamento social. O Instituto Butantan deverá receberá 15 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac até o final deste ano. Apesar de toda a expectativa, o uso ainda dependerá do resultado dos testes clínicos e da autorização da Anvisa. Quando tiver pronta, a vacina será destinadas ao SUS de todo o Brasil.

Os especialistas, agora, já começam a fazer cálculos para que possa ser alcançada a imunização em massa da população brasileira. O Brasil tem 211 milhões de habitantes, mas a expectativa é de que 60 milhões de doses sejam suficientes para atender a necessidade do País. O governo, inclusive, deve adotar uma estratégia de vacinação semelhante à da gripe.

Os grupos prioritários serão idosos, profissionais das áreas da saúde e da segurança e professores, entre outros. Por isso, a melhor solução é manter o isolamento e o distanciamento social.

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