Moradores sofrem com acúmulo de lixo nas ruas do Ipiranga
A situação precária das ruas do Ipiranga deixa moradores sem esperança. A constante presença de lixo nas calçadas e os diversos pontos viciados de entulho, que a cada dia aumenta mais, demonstra que os munícipes não têm agido de forma correta na hora de descartar o lixo e que as autoridades responsáveis não estão dando conta do recado.
Não é raro encontrar sofás velhos, eletrodomésticos sem uso e restos de obra depositados em terrenos baldios. O resultado é um bairro abandonado, sujo e visualmente nada agradável. Além da saúde, jogar lixo na rua acarreta outros problemas. Com os bueiros entupidos, em época de temporal os alagamentos são frequentes. “O lixo também pode gerar chorume e contaminar a água e o solo. Ainda pode servir de abrigo e alimento para animais e insetos que são vetores de doenças”, explica Marcel Rizzo, morador do bairro há 27 anos.
Com tantos problemas originados pelo lixo, por que algumas pessoas insistem em ignorar tudo isso e continuar jogando resíduos em locais públicos? Será por falta de lixeiras ou falta de educação? Para os moradores, as duas hipóteses são válidas. “Realmente existe um déficit de lixeiras nas cidades. Até mesmo de caçambas em comunidades. Agora, não podemos nos esquecer do vandalismo contra as que existem. Há quem arranque, danifique e até queime o lixo dentro delas. E também tem aquela parcela de pessoas que não tem consciência e descarta o lixo em qualquer lugar”, define Ana Maria Furtado, moradora de Heliópolis, uma das principais comunidades na região que sofre com o descarte irregular. “Eles jogam lixo aqui sempre, dificulta a passagem da gente e quando chove, a chuva carrega todo o entulho que eles jogam e fica assim, parado na frente das casas. Não conseguimos passar por conta do desrespeito das pessoas”, completa a moradora.
Uma das soluções da Prefeitura Regional do Ipiranga para combater o descarte irregular de lixo no muro da EMEI Cidade do Sol, que fica na esquina da Estrada das Lágrimas e a rua Artistas de Heliópolis, foi transformar o local num belo jardim vertical.
O trabalho foi executado em conjunto pela Regional Ipiranga, o consórcio Soma, moradores da comunidade e a direção e alunos da EMEI Cidade do Sol.