Há anos os moradores da rua Xavier Curado têm que conviver com a presença de visitantes indesejados e perigosos. Escorpiões são vistos andando nas calçadas, ruas e dentro das casas. A situação tem deixado os moradores desesperados e desanimados com diversas tentativas frustrada em eliminar os aracnídeos que circulam livremente pela região.
De acordo com os moradores que estão tendo suas casas invadidas pelo indesejado visitante, ações preventivas e de eliminação foram realizadas há anos no local pelo Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCV) junto com a Supervisão de Vigilância em Saúde (SUVIS), mas de nada adiantou.
Dirce Gomes da Silva Fernandes encontrou um escorpião na sala de sua casa. Sem saber o que fazer e desesperada com a falta de solução para o problema, a moradora já perdeu as contas de quantos já foram capturados no quintal de casa. “Fico preocupadíssima. Tenho animais de estimação que circula pela área externa de casa e em novembro terei um recém nascido em casa. Como vou garantir a segurança dele?”, indagou Dirce.
Segundo orientações do Zoonose, os moradores devem eliminar as baratas da região. “A Zoonose disse que não existe escorpião suficiente para outra dedetização, e que devemos eliminar as baratas, mas como se elas saem dos bueiros? É muito difícil”, lamentou a moradora.
Dirce entregou o último escorpião capturado na tarde de terça-feira (29) ao Zoonose. “Eles ficaram com a espécie para análise que pode demorar de 15 até 30 dias e orientaram eu e meu marido a solicitar uma visita no site da Prefeitura que pode demorar 30 dias. Até lá vamos convivendo com os escorpiões”, lamentou Dirce.
A espécie também já foi capturada nas ruas Maurício de Castilho e a Padre Senepa. A espécie que vem sendo encontrada no bairro é a Tityus serrulatus, conhecido popularmente como escorpião-amarelo. Medindo cerca de seis cm de comprimento e com coloração amarelada especialmente nas patas. A espécie é partenogênese, ou seja, tem a capacidade de se reproduzir sozinha.
