Moradora que teve casa destruída no temporal ainda espera reparos
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Os rastros de destruição deixados pelo temporal de mais de 12 horas, em março, ainda não foram solucionados pelo poder público. Um deles é a cratera surgida na Escola Estadual Júlio de Mesquita Filho, que segundo a dona de casa Neusa Vanzelli Xavier permanece aberta. Ela reside na rua Cônego Januário e o imóvel é separado por um muro da instituição, que fica na rua Agostinho Gomes.
“A cratera provocou afundamento do meu quintal”, ela reclama. “Eu fui várias vezes à escola, pedi para que fechassem a cratera, mas ela continua do mesmo jeito, o diretor não faz nada. O buraco é fundo e eu fico com medo de acontecer algum acidente com os estudantes, porque são crianças”, preocupa-se Neusa. “A Defesa Civil interditou o quarto do meu filho por causa das rachaduras nas paredes e me deu cinco dias para arrumar, ou seria multada. A escola não arruma o buraco e eu tenho de pagar multa?”, ela questiona.
A dona de casa lembra que perdeu tudo por causa da tempestade dos dias 10 e 11 de março, e que já foi diversas vezes à subprefeitura Ipiranga, sem sucesso. “Eu não sei mais a quem recorrer”, ela admite. “Perdi dois carros que estavam na garagem, dois caminhões que deixávamos em frente de casa, móveis, eletrodomésticos, eletrônicos e tudo que se possa imaginar. Nem água pra beber eu tinha”, ela argumenta, acrescentando. “Salvei apenas a geladeira. Agora, tudo o que tenho foi ganho”, finalizou a moradora.