Na madrugada desta segunda-feira (27), a loja TopSONO, uma famosa e antiga loja de colchões na rua Lino Coutinho, entre a Rua Greenfeld e a Comandante Taylor, foi incendiada por uma moradora de rua que passava pelo local. Rapidamente, o fogo se alastrou e tomou conta do comércio.
Imagens de câmeras de segurança mostram o exato momento em que a mulher trafegava pela rua, acendeu um objeto inflamável e colocou fogo na loja. O vídeo, porém, é inconclusivo e não dá certeza se a ação foi proposital ou não.
Raimundo Antonio Pereira é funcionário da loja há muitos anos e recebeu a informação do incêndio vinda de outros comerciantes do entorno. A ficha só caiu, realmente, quando ele foi até o local e o viu destruído pelas chamas. “Você fica desesperado, porque não acredita. O pessoal me ligando muitas vezes, eu não acreditava, pensava que era trote. Aí, quando um rapaz me ligou, às 7h da manhã, eu saí correndo e vi que a loja estava pegando fogo. A cabeça fica completamente fora de si”, explicou Antonio.
Ele chegou a pensar que alguém teria deixado alguma coisa elétrica ligada no sábado, último dia em que trabalhou no comércio, mas posteriormente, ficou sabendo que o incêndio havia sido provocado. “Eu vi a mulher tacando fogo no vídeo”.
Emocionado, o funcionário falou sobre o carinho que tem pela empresa e demonstrou preocupação com seu futuro no mercado de trabalho após a tragédia. Segundo ele, até o momento, nenhum responsável pela loja de colchões se pronunciou a respeito.
“A gente fica chateado, porque agora é final de ano e como é que a gente vai se virar para trabalhar? Se é no começo do ano, a gente dá um jeito, mas no final do ano, como é que você vai viver? Aluguel, família, eu estou com a cabeça aérea. Desanimado”, disse.
Ele frisou, ainda, que os proprietários estão muito nervosos com a situação e devem esperar acalmar os ânimos para conversar. No momento em que a reportagem do Ipiranga News esteve no local, nenhum responsável pela empresa estava presente.
“Cheguei no metrô Sacomã, vou tomar o ônibus e estou abismada de ver que puseram fogo. Isso é um vandalismo sem precedentes. Sinto muito por quem perdeu tudo isso”, desabafou Leila Lucchesi, 73 anos, moradora do bairro, que passava pelo local.