A subprefeitura Ipiranga tem conhecimento de que a rua Doutor Malta Cardoso é um ponto viciado de descarte irregular de lixo e, na tentativa de inibir as ações criminosas, instalou na região cerca de 35 câmeras do Projeto City Câmeras.
A Malta Cardoso é uma rua de pouco mais de 200 metros e, de acordo com a subprefeitura, foram identificados mais de 70 pontos de descarte irregular. “A limpeza dos pontos viciados é realizada semanalmente, no entanto, é necessária a fiscalização pelos órgãos de segurança”, diz em nota a subprefeitura. “Por conta das chuvas, a demanda por recolhimento de entulho se intensificou nas últimas semanas e o trabalho vem sendo normalizado aos poucos”, explica.
O descarte irregular de resíduos é crime ambiental e, desde de 2002, a Câmara Municipal de São Paulo vem criando leis para coibir essa prática. A multa é de R$ 15.520 para quem for apanhado deixando resíduos nas áreas públicas. “A lei existe, mas a punição só ocorre se houver flagrante”, pondera a subprefeitura.
Enquanto a fiscalização não se mobiliza, carroceiros e donos de caminhões e vãs fazem a festa na via. Eles despejaram há mais de duas semanas, em frente à casa de número 340, restos de construção, como pedaços de madeira, telhas quebradas, tijolos, fragmentos de concreto e terra, tudo amontoado. O descaso de poder público não é recente. “Nós pagamos os impostos e não temos o direito de morar em uma rua limpa”, desabafa o morador que se identificou apenas como Evandro. “A prefeitura retira a imundície deixada pelos carroceiros e, meia hora depois, a via está de novo emporcalhada”, acrescenta ele.
